A crise financeira mundial deve afetar a disponibilidade de crédito para o produtor rural brasileiro. A tendência, segundo o gerente executivo da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, André Locateli, é que os agricultores e pecuaristas tenham mais dificuldade em obter financiamentos. "E o setor já tem dificuldade de crédito."
A crise financeira mundial deve afetar a disponibilidade de crédito para o produtor rural brasileiro. A tendência, segundo o gerente executivo da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, André Locateli, é que os agricultores e pecuaristas tenham mais dificuldade em obter financiamentos. “E o setor já tem dificuldade de crédito.”
A falta de crédito pode prejudicar a produção. “Os produtores precisam de financiamentos. Sem crédito, eles devem passar por problemas na produção”, fala o economista da Sociedade Rural Brasileira (SRB), André Diz.
Ele explica que do crédito disponível aos agricultores, uma pequena parte vem do governo. A maioria dos financiamentos são feitos com bancos e tradings. “O crédito do governo já está garantido. Os problemas são os bancos e tradings”, conta o economista, lembrando que em alguns casos os financiamentos podem ser suspensos.
A crise também vai elevar os custos de produção. “Os insumos devem ficar mais caros, já que são indexados em dólar”, diz o gerente da ACNB. De acordo com Locatelli, a elevação das matérias-primas pode reduzir os investimentos em genética e os recursos ficarem mais escassos.
Esse cenário também deve diminuir a rentabilidade dos agricultores. “Com uma produção menor, a demanda também cai”, afirma o economista da SRB. Ele aconselha o produtor a “ter os custos na mão” e tentar reduzir os custos de produção. “Uma alternativa é se unir para comprar insumos. As cooperativas vão bem e para elas (cooperativas) é mais fácil adquirir esses produtos.”
André Diz acredita em uma desvalorização das commodities. “Com a crise, os investidores saíram das commodities para pagar outras contas.” Diante da menor procura, o processo natural do mercado é uma redução do valor das commodities.
Fonte: InvestNews / Gazeta Mercantil / JB Online