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Cresce demanda por carne halal com crescimento das comunidades muçulmanas

A demanda por carne halal, importante característica de vida nas comunidades muçulmanas, está crescendo rapidamente à medida que a participação dos muçulmanos na população global tem aumentado de forma estável e deverá alcançar cerca de 26% até 2030. Esse crescimento significa que os produtos de carne halal deverão registrar aumentos estáveis nos próximos anos.

As estatísticas sobre alimentos frescos do Euromonitor International mostram que o crescimento total das vendas de carnes frescas em países predominantemente muçulmanos é frequentemente maior do que as médias regional e/ou global. A Turquia, por exemplo, registrou um crescimento de 11% durante o período de 2009-2014, enquanto os países da Europa Ocidental mostraram uma redução de quase 1%.

No Oriente Médio e na África, os volumes de vendas de carnes frescas aumentaram em 19% durante o mesmo período, bem acima da média global de 13%. Um forte crescimento foi registrado em muitos países muçulmanos dentro da região – por exemplo, nos Emirados Árabes Unidos, de 33%; no Egito, de 28%; e em Marrocos, de 19%. Nesses mercados, quase toda carne é halal por padrão e somente pequenas quantidades de carne claramente rotuladas como não halal podem ser vistas em poucas lojas ou restaurantes de hotéis para cobrir a demanda de turistas e expatriados do Ocidente.

Ásia-Pacífico, Indonésia e Malásia também estão tendo bom desempenho, registrando aumentos nos volumes de vendas de 54%, 16% e 15%, respectivamente, entre 2009 e 2014.

Em outros países onde os muçulmanos representam uma minoria importante – entre 3-10% da população, em países como França, Alemanha e Reino Unido, a crescente demanda por carne halal se manifesta em várias frentes e particularmente no canal de foodservice ao consumidor. Por exemplo, os restaurantes de fast food ou de serviço completo normalmente são muito populares nesses países e, embora sua base de clientes possa ser principalmente de não muçulmanos, o alimento que eles oferecem tende a ser halal.

Dados de consumo em foodservice do Euromonitor International mostram que a Alemanha é de longe o maior mercado para restaurantes de serviço completo do Oriente Médio, com vendas varejistas de 2,3 bilhões de euros (US$ 2,53 bilhões) em 2014, representando 23% do total regional.

Muitas redes de fast food e restaurantes no Reino Unido oferecem carne halal. Para o fast food do Oriente Médio, o Reino Unido lidera à frente de outros países ocidentais, com valores de vendas em 2014 de 3,7 bilhões de euros (US$ 4,07 bilhões), equivalendo a bem mais de um terço das vendas da região.

Varejistas tradicionais independentes que vendem carne halal continuam sendo importantes destinos de compras e não somente nos mercados em desenvolvimento com baixa proliferação de formatos modernos de varejo, como supermercados e lojas de conveniência. Em países desenvolvidos da Europa Ocidental com um varejo moderno altamente concentrado, os muçulmanos ainda compram carne halal principalmente de açougues independentes halal e outros varejistas especializados.

Apesar de muitos supermercados, como Carrefour e Carino, na França, Asda, Morrisons, Sainsbury’s e Tesco no Reino Unido, oferecerem carne fresca halal e outros produtos, os consumidores continuam mostrando grande lealdade aos açougues locais especializados.

Os açougues halal têm vantagens em termos de confiança dos consumidores, serviço ao cliente no preparo e corte das carnes com os requerimentos exatos e com faixas de cortes e preços, especialmente para compradores de grandes volumes.

Os supermercados perdem na confiança, porque, em muitos casos, falham em rotular claramente os produtos halal como sendo assim ou em explicar o método de abate.

O crescente mercado halal oferece crescentes oportunidades para os produtores de carnes, processadores, varejistas, exportadores e operadores de foodservice. As práticas de abate religiosos são permitidas na maioria dos países, apesar de haver um debate sobre a aceitação de variações nos procedimentos de abate. Atualmente, os rótulos halal não explicam se a carne vem de animais pré-insensibilizados ou não.

Para responder às demandas dos consumidores muçulmanos, um consenso sobre os requerimentos de carne halal precisa ser alcançado. Além disso, um rótulo padrão universalmente aceito deve ser introduzido para ajudar a informar os compradores muçulmanos de que o alimento oferecido a eles cumpre com os requerimentos exigidos.

Fonte: http://www.globalmeatnews.com, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

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