Fechamento – 17:20 – 03/12/01
3 de dezembro de 2001
EUA: queda nas exportações de carne bovina
5 de dezembro de 2001

Cresce receita com exportação de carne

Os produtos agropecuários tiveram, novamente, papel fundamental para o superávit de US$ 288 milhões registrado em novembro na balança comercial brasileira. Com exceção da soja, café, couro e fumo, os embarques dos principais produtos agrícolas fecharam o mês passado com acréscimo de receita sobre o mesmo período de 2000. Os grandes destaques foram o setor de carnes – bovina, suína e de frango -, além do açúcar e do suco de laranja.

As exportações de carne bovina in natura, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), somaram US$ 71 milhões no mês passado, um aumento de 61% em relação ao valor de novembro de 2000 – de US$ 44 milhões. Os principais compradores do produto, que registrou crescimento de 143% no volume embarcado durante o mês de novembro, foram Egito, Chile, Holanda, Arábia Saudita, Itália e Reino Unido. Os problemas sanitários verificados este ano no rebanho europeu, com a proliferação das doenças da ‘vaca louca’ e febre aftosa pelo continente, abriram importante espaço para a carne bovina brasileira, que passou a ocupar mercados antes abastecidos por exportadores da União Européia (UE).

As indústrias exportadoras de frango e suíno do País também tiraram proveito do pânico gerado no mercado após os seguidos casos de ‘vaca louca’. Com medo de ser contaminado pela doença, grande parte dos consumidores europeus substituiu a carne bovina por carne branca, sobretudo a de frango. O resultado foi um expressivo aumento de mais de 60% este ano nas exportações brasileiras do produto. Em novembro, os embarques da ave atingiram US$ 106 milhões, 34% a mais que o valor de igual período de 2000, de US$ 79 milhões. Em volume, o acréscimo foi de 25%, segundo a Secex, que apontou a Arábia Saudita, o Japão e o Reino Unidos como principais importadores do frango brasileiro no mês passado.

O setor de suínos fechou o mês com exportações no valor de US$ 34 milhões, 79% superior ao faturamento obtido no ano passado. Rússia, Argentina e Hong Kong foram os principais consumidores.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Denis Cardoso), adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.