O 4o Leilão Caracu Top Brasil, realizado em Londrina no domingo (27), no Village, conseguiu liquidez total nas fêmeas, mas não teve o mesmo índice nos machos. No caso dos machos para cruzamento industrial a comercialização foi de 85%, pelos dados da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Caracu. A oferta de touros foi alta: 120 lotes, de 24 a 36 meses.
O leilão, contudo, mostrou o interesse de novos criadores pela raça, valorizada na cruza com nelore. Segundo o criador Lício Isfer, as fêmeas do cruzamento apresentam boa habilidade materna. Os machos, criados a campo, ficam prontos para o abate dos 20 aos 30 meses.
Todos os animais de elite foram vendidos, superando a expectativa dos organizadores, informou a Associação. O preço médio foi R$ 14.500,00. Um animal ”super elite” foi vendido por R$ 25.000,00. O preço médio do leilão foi R$ 2.850,00/cabeça. Em comparação com o remate do ano passado, houve uma valorização média de 20% na raça.
No momento em que o mercado das raças européias pára de crescer, e algumas até enfrentam forte retração, o caracu vive um período de ascensão, que os criadores atribuem ao melhoramento genético e aos bons resultados do cruzamento com nelore para produção de carne. Há quem admita que o caracu está crescendo no espaço das outras raças.
Pesquisa
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Caracu, Flávio Fioravante Júnior, que tem fazendas em Barbosa Ferraz (PR) e Olímpia (SP), informou que a Associação e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) estão executando projetos de pesquisa na Estação Experimental de Joaquim Távora.
Estão sendo testados mais de 50 itens com o objetivo de consolidar um bom animal para produção de carne. São alvos de estudo: ganho de peso, desmame, conversão, acabamento de carcaça, cobertura de gordura. Os primeiros produtos do projeto vão nascer em setembro.
Fonte: Folha de Londrina/PR, adaptado por Equipe BeefPoint