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Crise da carne paralisa mais um frigorífico em MS

A crise dos frigoríficos exportadores no Mato Grosso do Sul, que na semana passada deram férias coletivas a quase mil funcionários e reduziram abates pela metade, provocada pela alta nos preços da arroba do boi, que hoje está cotada a R$ 50, começa a afetar as indústrias menores, que atendem o mercado interno de carnes do interior de São Paulo. Na próxima segunda-feira (02/09), o Frigorífico Roma, de Ribas do Rio Pardo, também paralisará suas atividades, com férias coletivas para cerca de 160 empregados. A indústria, que pertence ao Grupo Mondelli, de Bauru, abate cerca de 300 cabeças de gado/dia.

O motivo alegado pelo proprietário, Antônio Mondelli, é o prejuízo que está tendo com a diferença nos preços pagos na arroba pelo frigorífico e os valores que são recebidos pela indústria no atacado. Ele diz que compra o boi a R$ 50 a arroba e tem que vendê-lo em média a R$ 44 no atacado, o que daria um prejuízo de R$ 6 por arroba. Tendo por base um animal de 18 arrobas, a perda é de R$ 58. “Não estamos fazendo pressão como dizem os pecuaristas. É que não podemos comprar o boi caro e depois vender barato”, desabafou.

Para agravar ainda mais a situação ele destaca que o consumo de carnes está fraco nos centros consumidores e as indústrias de MS enfrentam a concorrência de frigoríficos de fora do Estado, que compram gado de Rondônia e Amapá a preços menores.

Fonte: Correio do Estado/MS (por Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint

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