O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertaram ontem que a alta dos preços dos alimentos ameaça reverter todos os avanços globais com desenvolvimento e levar 100 milhões de pessoas em todo o mundo para baixo da linha de pobreza. A declaração foi feita na ilha de Hokkaido, no Japão, onde acontece a reunião de cúpula anual do G8.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertaram ontem que a alta dos preços dos alimentos ameaça reverter todos os avanços globais com desenvolvimento e levar 100 milhões de pessoas em todo o mundo para baixo da linha de pobreza. A declaração foi feita na ilha de Hokkaido, no Japão, onde acontece a reunião de cúpula anual do G8.
Ambos cobraram dos países do G8 uma ação urgente para combater a crise e prevenir futuras altas nos preços dos alimentos. Segundo o secretário-geral da ONU, o mundo enfrenta três crises simultâneas e interligadas – dos alimentos, do clima e de desenvolvimento – para as quais são necessárias soluções integradas. “Nossos esforços até agora têm sido muito divididos e esporádicos. Agora é a hora de termos um enfoque diferente”, defendeu Ban.
Segundo Zoellick, investimentos em projetos como irrigação podem ajudar a expandir as colheitas, principalmente na África, e ajudar a combater a escassez global de alimentos. “Só 4,9% das terras aráveis da África são irrigadas, contra 40% no Sudeste Asiático”, observou.
Ele afirmou que os caminhos para possíveis soluções para os problemas atuais já são conhecidos, mas o que falta são mais recursos.
Questionados sobre o impacto que os biocombustíveis teriam sobre a alta global dos alimentos, eles afirmaram que a produção certamente afeta a atual crise, mas que são necessários mais estudos para avaliar a exata dimensão desse impacto. “É verdade que os biocombustíveis contribuem para o aumento no preço dos alimentos, mas não está claro quanto”, considerou Ban.
As informações são do BBC Brasil.