O preço do boi gordo, que em outubro chegou a R$ 90 a arroba, ontem estava em torno de R$ 78,83 em São Paulo, segundo levantamento do Cepea/Esalq/USP. Para alguns analistas de mercado, a queda repentina dos preços pode desestimular a retenção de fêmeas. Para o pesquisador Sérgio De Zen, qualquer previsão seria precipitada. A queda nos preços do boi gordo é recente e o comportamento do mercado é inusitado, sem precedente. "Não é possível antecipar qualquer movimento nos próximos meses".
O preço do boi gordo, que em outubro chegou a R$ 90 a arroba, ontem estava em torno de R$ 78,83 em São Paulo, segundo levantamento do Cepea/Esalq/USP. Para alguns analistas de mercado, a queda repentina dos preços pode desestimular a retenção de fêmeas.
Essa queda brusca nos preços da carne bovina foi fruto da freada nas exportações, resultado da crise mundial de crédito e a suspensão de inúmeros contratos por parte de importadores do produto brasileiro, especialmente a Rússia. Números preliminares divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) até dia 15 indicam redução de 26% nos embarques em relação ao mesmo período de 2007. Em receita, a queda foi de 18%, o que fez os técnicos da entidade reverem a previsão de exportações para 2009 no valor de US$ 6,5 bilhões. Agora a estimativa é de as vendas externas repetirem os números de 2008, entre US$ 5,3 e US$ 5,4 bilhões.
Para o pesquisador Sérgio De Zen, qualquer previsão seria precipitada. A queda nos preços do boi gordo é recente e o comportamento do mercado é inusitado, sem precedente. “Não é possível antecipar qualquer movimento nos próximos meses”.
Investimentos e desinvestimentos neste setor só ocorrem após a definição do mercado. De Zen lembra que o pecuarista é conservador. Outra razão para acreditar que nada muda no médio prazo na pecuária nacional é o fato de que não há outras atividades agrícolas mais rentáveis para ocupar a área dos pastos. “As demais culturas enfrentam as mesmas dificuldades e as mesmas incertezas que a pecuária de corte.
Os valores durante o ano de 2008, segundo Zen, foram suficientes para que os pecuaristas tivessem uma receita aceitável. Boa renda tiveram aqueles que fecharam seus preços no mercado futuro.
A matéria é de Isabel Dias de Aguiar, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Primeiramente deixo meus parabéns ao escritor, ainda acrescento um fator muito importante a tal fato. Muitas vezes o que passamos no setor é o reflexo de não termos mais representações de atitude no Governo Federal, muitas decisões perante à organizações internacionais são tomadas em virtude da aparência de nossa república.
Deixo aqui meu apelo aos profissionais da área, trabalhemos visando o crescimento qualitativo do setor.
Obrigado
Esta crise está afetando todos os segmentos, e a pecuária não é diferente, mais não é hora de ficar lamentando, é sim de buscar redução nos custos da produção, ou mesmo investir em mecanismos baratos e de retorno a médio prazo. Podendo dar uma maior importância para animais rastreados, por mais complicado e burocrático que seja, acredito que seja uma forma de agregarmos valor ao produto final.
Mesmo em dias de crise a diferença paga a produtores que tenham propriedades aptas a exportar para a união européia chega a 0,5% onde em valores reais pode significar 3,90 reais a mais por arroba, nada comparado a outros momentos que a diferença paga chegava a 18,00 Reais, se considerarmos que este valor ao termino da crise retorne, ai sim teremos dias melhores, enquanto a crise perdurar acredito que a certificação de propriedades e animais seja uma boa ajuda nos dias de hoje.