Perguntamos a todos os leitores do BeefPoint: Qual sua recomendação sobre uso de caroço de algodão na dieta de confinamento e garantia da qualidade da carne?
Veja a resposta de Cristiane Rabaioli, diretora da Celeiro, marca de carnes especiais do MT, que palestrou no Workshop BeefPoint Marcas de Carne, em novembro de 2012.
Miguel,
Além de atender grandes atacadistas, trabalho diretamente com o consumidor final pois a Celeiro no MT tem lojas de varejo, tendo então feedback imediato quando da ocorrencia de algum problema com sabor das carnes.
Temos rastreamento de todos os animais, bem como do produto, o que nos possibilita saber de onde veio este animal e qual sua dieta.
Pela falta de segurança quanto aos niveis bem como quanto a tempo minimo e máximo desses animais em confinamento, nós, para preservar nossa imagem e nosso cliente, optamos por NÃO comprar animais provenientes de dietas com caroço de algodão.
Este ano tivemos problemas com animais de confinamento que segundo o pecuarista estava administrando 8% deste produto, com base na MS. Assim, vejo que precisamos urgente de embasamento mais técnico para podermos saber do que estamos falando, afinal nao podemos admitir que este produto venha a ser excluido das dietas, já que oferece otimo custo beneficio.
Leia sobre o tema e todos os depoimentos em: Caroço de algodão e reclamações sobre qualidade da carne – qual o limite?.
5 Comments
Prezado Miguel,
Estamos em andamento com uma pesquisa aqui na USP e esperamos responder a alguns questionamentos em breve..
Abraços,
Angelica
Prezado Miguel:
Anos atrás recebi informação de técnico de grande empresa de suplementos minerais e etc que numa ração com altos níveis de ureia e caroço de algodão o problema era mais frequente, sempre usei no máximo de 20% da matéria seca total a proporção de caroço de algodão e extrato eterio em 5% e ate o momento o frigorífico não reclamou de ocorrência do problema.
Gostaria que algum especialista em nutrição de bovinos de corte informasse esta possibilidade desta interação entre alimentos ocasionar o problema.
Att.
Toninho Ledesma.
Prezado, Miguel
Pela pouca experiência que temos em dietas não vejo uma relação, com alimento possa acarretar em problemas uma vez que a dieta total dos animais esteja balanceadas. Entendo que o caroço de algodão, deve ser usado apenas para a terminação, em caso de animais confinados apenas para dar acabamentos nos animais, sendo assim, você incluiria 15% da MS no terço final do confinamento, temos grandes resultados com isso sem gerar nenhum transtorno.
Prezado, Miguel
Pela ordem das dietas que estamos trabalhando temos a relação de um alimento com fibra e extrato etereo, pela ocorrência trabalhos realizados no sudoeste de Goiás, nunca tivemos problemas com execesso de gordura final em carcaças e mesmo problemas com frigorificos. Pela sequência o que devemos nos ater é realmente a quantidade de extrato etero em MS na dieta final, sendo de 12 a 15% no final de confinamento para finalização de carcaça, para tudo prevalecemos a medidas de relação PB:CHO EFETIVOS, vendo a não complicações de disturbios gastricos entre eles: acidoses ruminais. Execesso de Caroço de Algodão ocorrerá a baixa digestibilidade ruminal, diminuindo a taxa de passagem por excesso de caroço, na grande maoiria das vezes isto é visto como um fator limitante para as dietas.
Muitos dos casos pelos trabalhos realizados e publicados em nosso País não se tem algum norte para dizer se tem relação ou não efetivamente.
Mas caroço de algodão com níveis de NNP e algum Carboidrato Soluvel é a peça fundamental para uma dieta basica para animais em terminação.
Prezado Miguel
Sou produtor no Rio Grande do Sul e fornecedor dos novilhos para o programa Swift Black principal marca de carne da JBS no Brasil. Pelos comentários em geral vejo a distância que está o nosso empresário terminador do seu cliente final. Este que paga toda a conta que é o consumidor.
Ou mudamos nossos conceitos de qualidade e respeitamos nosso patrão o ” consumidor ” ou cada fez mais a pecuária brasileira vai se firmar interna e externamente como um país produtor de proteína bovina. Isto se chama carne barata e também por isto hoje nosso principal concorrente externo é a India.
Quem se conforma e aceita produzir carne de baixa qualidade ( apenas proteía bovina ), deve também se conformar com os baixos preços que recebemos se compararmos a outros mercados existentes.
É isto que queremos para a nossa pecuária? O nosso abate e composto de touros gordos e vacas velhas e está é a carne brasileira que comemos e exportamos. Como podemos falar em qualidae?
É para refeltir.
Abraço Martim