A infestação de cupinzeiros em algumas regiões de Mato Grosso do Sul têm depreciado propriedades agrícolas, causando outros problemas, como a redução da área de pastagem. O manejo correto da terra e os cuidados periódicos podem evitar a proliferação dos cupins e dos montículos (montes onde os insetos habitam).
A região de Dourados, no sul do Estado, é uma das mais afetadas pelo problema. ´No município de Rio Brilhante, em uma área altamente infestada, encontramos 568 cupinzeiros em um hectare´, diz o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Crébio José Ávila. ´Um número muito alto´, completa. Ao contrário do que muitos pensam, apenas derrubar os cupinzeiros (com auxílio de lâminas de trator, por exemplo), não resolve o problema. Para eliminá-los, primeiramente é necessário o extermínio dos insetos, o que pode ser feito com a aplicação de inseticida, para posteriormente destruir os montes mecanicamente. Além de anti-estético, os cupinzeiros atrapalham a lida do gado, pois passam a ser obstáculos para os peões que tocam os animais. Um outro fator importante é que os mesmos atrapalham, e muito, a realização de tratos culturais.
Os montes reduzem, em média, de 3% a 4% a área de pastagem ou plantio. ´As propriedades com cupinzeiros são vistas ainda como solo pobre. Uma grande quantidade de montículos na fazenda reduz o seu valor econômico´, diz Ávila. Os cupinzeiros também servem de abrigo para animais peçonhentos como ratos e cobras. ´O maior problema são as cobras que se escondem dentro dos montículos, oferecendo risco para o rebanho´, afirma.
A época de chuvas é a mais propícia para a formação das colônias. O macho acasala a fêmea e começa a formar um ninho. Os insetos alimentam-se da celulose localizada dentro dos montículos que são formados de matéria orgânica retirada do solo. Em cada unidade há uma rainha, de até cinco centímetros responsável por botar os ovos.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint