Se não houver nenhuma reviravolta de última hora, a conferência climática de Copenhague deve se encerrar neste final de semana com um acordo fraco, que adia para 2010 a definição da estratégia de combate ao aquecimento global para 2010. Em meio a divergências, principalmente entre EUA e China, as principais medidas devem ficar para serem resolvidas em outra reunião, possivelmente no meio do ano que vem.
Se não houver nenhuma reviravolta de última hora, a conferência climática de Copenhague deve se encerrar neste final de semana com um acordo fraco, que adia para 2010 a definição da estratégia de combate ao aquecimento global para 2010. Em meio a divergências, principalmente entre EUA e China, as principais medidas devem ficar para serem resolvidas em outra reunião, possivelmente no meio do ano que vem.
Uma reviravolta pode acontecer hoje (18) de manhã, quando o presidente Barack Obama chegar a Copenhague. Há grande expectativa de que ele possa se comprometer com metas maiores de redução de emissão. “Eu realmente espero que ele anuncie alguma coisa a mais”, disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. “O presidente Obama não está vindo só para reiterar o que consta no seu projeto de lei”, acrescentou, referindo-se à proposta de corte de emissões de 17% em 2020, em relação a 2005, considerada insuficiente pelos europeus.
Ontem (17) existiam dois cenários possíveis de acordo sendo desenhados e ambos deixaram para 2010 toda a definição e a implementação das medidas. Em um dos cenários, os diplomatas enxugariam os dois textos principais dos últimos dois anos de negociação: um dos textos é o segundo período do Protocolo de Kyoto (com metas dos países desenvolvidos para depois de 2013) e o outro, com os países que assinaram a Convenção do Clima.
Ontem à noite também não haviam metas definidas de cortes de emissões para os países ricos, porém estavam sendo negociadas vários tópicos fundamentais como financiamento, transferência de tecnologia, adaptação, mitigação e capacitação. Era previsto que muitos pontos continuariam sem definição porque são itens onde há conflito e as decisões da ONU têm que ser tomadas por consenso, mas esperava-se que houvesse acordo em temas mais simples. Por este caminho, Copenhague terminaria com dois textos. Um deles com metas de cortes dos países ricos e o outro com vários acordos pendurados. É o que sempre quiseram as nações em desenvolvimento como o Brasil.
A reportagem é do Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe Agripoint.