Alguns curtumes e indústrias de couro do Brasil já estão pagando mais pelo couro bovino de qualidade. No Pará, essa prática vem sendo adotada pelo Curtume Bragança, do Grupo Mafripar, que paga ao pecuarista R$ 1,00 a mais por arroba do boi que apresentar couro de qualidade. “Pondo o valor do couro de 700 bois na ponta do lápis dá para comprar um carro básico zero-quilômetro”, disse o diretor do grupo, João Bueno. Ele informou que as indústrias do sul do Estado processam 70% do couro e fazem o wet blue. O restante é salgado e vai para Rio Grande do Sul e São Paulo, Franca, principalmente.
Cerca de 80% da produção do Mafripar é exportada para Itália, Espanha e Portugal, que pagam US$ 50 por couro wet blue. “A cada dois dias, embarcamos um contêiner com 1000 couros, uma média de 25 toneladas”, contou. O restante é vendido para o Sul e Sudeste. “Nossa intenção é aumentar a produção e exportar”, avisou.
O grupo processa diariamente 500 couros wet blue de abates próprios, mais 400 de terceiros e está ampliando as instalações. “Dentro de 90 dias começaremos os testes para produção do couro semi-acabado”, divulgou José Cândido, que trabalha na área administrativa da empresa.
A Braspelco, de São Paulo, também está oferecendo ao produtor até 8% a mais pelo couro sem marca a fogo, disse o presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP), Constantino Ajimasto Jr. “É preciso motivar o primeiro elo da cadeia produtiva a ter certos cuidados durante a criação do animal, evitando que o couro sofra danos irreversíveis”, acrescentou. Ele reclamou, porém, que não há uma política clara de remuneração. “Frigoríficos e curtumes têm procurado suas próprias soluções”.
O presidente da ABNP apontou vários fatores como responsáveis pelo cenário. “Um deles diz respeito à política tributária, que incentiva a exportação de couro em estágios primários com benefícios fiscais, e pune a exportação de produtos acabados e manufaturados com impostos”, enfatizou. Essa situação reflete diretamente nos preços.
Entretanto, Alberto Skliukas, do Sindicouro, ressaltou que, apesar dos impostos, compensa agregar valor ao produto. “Por exemplo, um couro acabado rende 25 pares de sapatos, que valem US$ 350,00 ou o valor de um boi”.
Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola, adaptado por Equipe BeefPoint
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