Representantes dos curtumes e do governo federal voltam a se reunir até o fim da próxima semana, em Brasília, para outra rodada de negociações. O setor quer apresentar uma nova proposta de classificação do couro no país. Para evitar as oscilações de preços no mercado, os curtumes brasileiros querem a criação de uma linha de financiamento no valor de R$ 400 milhões, proposta que também será discutida no encontro. O dinheiro seria disponibilizado através do mecanismo de Empréstimo do Governo Federal (EGF) para estocagem do produto. Mas a liberação da verba depende do cumprimento de um acordo firmado entre as indústrias e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que estabelece a classificação do produto e o pagamento de um preço mínimo aos produtores.
O Brasil é o único país produtor pecuário que não adota o sistema de classificação de couros. Das 34 milhões de peças produzidas por ano, 10% são desperdiçadas por apresentarem defeitos. Segundo a CNA, a falta de critérios para determinar a qualidade do couro provoca uma desvalorização de 50% nos preços do produto brasileiro no mercado internacional. Enquanto o preço médio da peça nos demais países é de US$ 60, para o couro brasileiro o valor fica entre US$ 15 e US$ 30, um prejuízo de US$ 1 bilhão anual.
Além de garantir a qualidade do produto brasileiro, a CNA diz que o sistema de classificação do couro seria uma forma de garantir melhores preços aos produtores.
Fonte: Clic RBS/Agrol (por Eliane Wirthmann), adaptado por Equipe BeefPoint
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O couro é um assunto muito delicado.
Estou estagiando em uma grande indústria alimentícia que também trabalha o couro, e fui incumbido de montar tipo de programa para pecuaristas para que se tenha uma melhor garantia do produto que nos está sendo oferecida, no caso, o animal.
Um ponto que eles me solicitaram para estar citando nesse projeto é a questão do couro, o qual estamos tendo muitas perdas deste produto, e em uma prévia conversa com pecuaristas, quando questionados, eles alegaram que a empresa não lhes pagava pelo couro, e por isso eles não tinham o porque de estar melhorando a qualidade específica deste produto, e ao procurar mais sobre esse assunto, descobri que há uma lei regulamentando as áreas específicas de marcação do animal, e á partir daí eu pergunto, não há como utilizar essa lei para que eles trabalhem melhor esse produto?