Fomos pegos de surpresa por tal absurdo pleito proveniente de três associações frigorificas, que na realidade representam basicamente a idéia de 2 grupos industriais, com intuito de sobretaxar em 30 % o boi produzido já com tanto sacrifício, e conseqüentemente fechar mais essa opção lícita de venda do pecuarista.
Daniel Freire, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG), enviou comentário ao artigo A cadeia quebrada sobre a taxação da exportação de gado vivo.
Leia na íntegra:
“Prezado Sr. Carlos Viacava.
Gostaria muito de agradecer e lhe parabenizar pelos comentários feitos no artigo acima.
As exportações de gado vivo são um nicho de mercado existente no mundo que gira em torno de 5 milhões de cabeças. Austrália, México, Canadá, Espanha, França são exemplos de exportadores de gado, o Brasil tem evoluído muito desde 2003 atingindo o ápice em 2010 e infelizmente caindo quase 38% em 2011.
Fomos pegos de surpresa por tal absurdo pleito proveniente de três associações frigorificas, que na realidade representam basicamente a idéia de 2 grupos industriais, com intuito de sobretaxar em 30 % o boi produzido já com tanto sacrifício, e conseqüentemente fechar mais essa opção lícita de venda do pecuarista.
Entendemos ser mais uma tentativa te concentrar ainda mais o poder de fogo desses grupos, seguindo a linha do que vem acontecendo no Goiás e Mato Grosso,nesses casos as escalas de abate se estendem por mais de 20 dias,no caso do estado do Pará que é o maior canal de escoamento, a situação seria bem pior se a exportações fossem suspensas, pois alem de concentração de um grupo frigorifico,o estado não esta liberado para exportar carne para os mercados que pagam mais.
É brincadeira afirmar que uma atividade que representa 0,97% do abate certificado do Brasil poderia comprometer a industria nacional.
Não podemos esquecer que a maior agregação de valor na cadeia acontece da porteira para dentro, pois se juntarmos os setores de insumos com 14,65 % e o da produção com 39,42% chegamos a um total de 54,07% na participação do PIB da pecuária(R$ 242,6 bilhões /2010 CEPEA/USP /CNA).
Não entendo como um grupo que depende do pecuarista quer cada vez mais achatar seu maior “parceiro”, está provado que nos anos de preços maiores ,os investimentos para tecnificar a pecuária também foram maiores. Encerro clamando pela união da classe contra esse absurdo. Sou Presidente da ABEG (Associação Brasileira dos Exportadores de Gado)”
1 Comment
Sr. Carlos Viacava e Sr. Daniel Freire, parabéns pela defesa.
Há necessidade de mobilização maciça de todos os envolvidos na exportação de bovinos vivos, atividade que, no contexto social e econômico, se apresenta como alternativa de diversificação de serviços e investimentos, e geradora de postos de trabalho diretos e indiretos, como é o caso de agências marítimas que tem nessa atividade o principal esteio de sua sobrevivência e desenvolvimento.
Conceição Verbicaro – colaboradora de Global Agência Marítima Ltda. – Belém (PA)