Como principais destaques, para o milho o USDA destaca a forte quebra na produção dos EUA, estimada em 103 milhões de toneladas na comparação com o 1º levantamento da safra 2012/13. E para a safra 2012/13 de soja, o USDA prevê uma safra recorde para o Brasil, projetada em 81 milhões de toneladas.
O Departamento de Agricultura da FIESP elaborou o Boletim Informativo sobre o 5º Levantamento da Safra Mundial de Soja e Milho 2012/13, divulgado pelo USDA. Esse boletim apresenta uma síntese do relatório publicado pela instituição, com as estimativas de produção, consumo, exportação e estoque na safra atual.
Como principais destaques, para o milho o USDA destaca a forte quebra na produção dos EUA, estimada em 103 milhões de toneladas na comparação com o 1º levantamento da safra 2012/13. E para a safra 2012/13 de soja, o USDA prevê uma safra recorde para o Brasil, projetada em 81 milhões de toneladas.
Milho
Produção: Em seu 5o levantamento, o USDA reduziu novamente a sua estimativa para a safra mundial 2012/13 com uma queda de 104,7 milhões de toneladas (t) na comparação com o 1o relatório divulgado em maio. Em relação ao período anterior, a quebra é de 35,6 milhões de t. A expectativa para a safra 2012/2013 de milho é de 841 milhões de t.
Consumo/Estoque: A expressiva diminuição prevista para a produção mundial, que tem influenciado a forte alta no preço do grão, levou o USDA a revisar para baixo as estimativas do consumo e dos estoques mundiais. Em 2012/13, o consumo mundial deve ser 5,0 milhões de t inferior ao de 2011/12, enquanto para os estoques, espera-se um declínio de 15,6 milhões de t.
O 5o levantamento aponta para uma redução no consumo mundial de 8,4 milhões de t em relação ao 1o levantamento e de 2,3 milhões de t em relação ao período 2011/12. Porém, mesmo com os ajustes na expectativa ao longo dos levantamentos, o consumo mundial de 256,7 milhões de t será recorde em 2012/13. Para os estoques mundiais, é esperada uma redução de 1% em relação ao ciclo 2011/12, com um volume de 53,1 milhões de t.
Exportações mundiais: Para as exportações mundiais, o volume foi reajustado para 91,0 milhões de t, com uma redução de 11,3 milhões de t na comparação com 2011/12
O USDA destaca que a quebra na produção norte- americana é muito superior à redução esperada no consumo do país, e, com isso, as exportações serão comprometidas. O relatório prevê um embarque de 31,8 milhões de t, uma redução de 18,8% frente ao período 2011/12.
A Argentina deve aumentar o volume de suas exportações no período 2012/13, totalizando 18,5 milhões de t, crescimento de 15,6% ao registrado em 2011/12.
Mais uma vez os EUA foram os principais responsáveis pela queda estimada no consumo mundial, com uma redução de 20,1 milhões de t em relação ao registrado em 2011/12.
Para a China, o segundo maior consumidor do cereal, projeta-se um aumento de 13 milhões de t. em 2012/13 frente à safra anterior, totalizando um consumo recorde de 201 milhões de t.
O volume esperado para os estoques dos EUA é o menor desde a safra 1995/96, totalizando 18,6 milhões de t. Apesar do aumento de 2,1 milhões de t registrado em relação ao levantamento anterior, o cenário ainda é preocupante.
Os estoques chineses são estimados em 60,2 milhões de t para o ciclo 2012/13, aumento de 1,3% em comparação a 2011/12.
Soja
Produção: O 5o levantamento da safra 2012/13 estima uma produção mundial de soja de 258,1 milhões de t, superando em 8,9% o ciclo 2011/12. Em relação ao levantamento anterior, o USDA revisou suas estimativas para baixo em 2,3 milhões de t.
Consumo/Estoque: O 5o levantamento aponta para uma redução no consumo mundial de 8,4 milhões de t em relação ao 1o levantamento e de 2,3 milhões de t em relação ao período 2011/12. Porém, mesmo com os ajustes na expectativa ao longo dos levantamentos, o consumo mundial de 256,7 milhões de t será recorde em 2012/13. Para os estoques mundiais, é esperada uma redução de 1% em relação ao ciclo 2011/12, com um volume de 53,1 milhões de t.
Exportações mundiais: Devem totalizar 93,7 milhões de t em 2012/13, aumento de 4,1% em relação à 2011/12. Influenciada pela dinâmica da oferta e demanda mundial, o USDA pela quinta vez consecutiva revisou para baixo as estimativas para as exportações mundiais.
O relatório prevê uma redução de 11,5 milhões de t para a produção dos EUA, totalizando 71,7 milhões de t em 2012/13. A produtividade do grão norte-americano foi estimada em 39,6 sacas por hectare, resultado que ficou abaixo do esperado pelo mercado, que considerava uma recuperação maior em função das chuvas que atingiram as regiões produtoras do país.
O USDA estima uma produção recorde para o Brasil de 81,0 milhões de t, superando em 21,8% o registrado em 2011/12. Com esse resultado, o Brasil se torna o maior produtor do mundo.
O USDA destaca que na comparação entre 2012/13 e 2011/12, os embarques norte-americanos devam reduzir 5,8%, totalizando 28,7 milhões de t. Segundo o relatório, esse desempenho se deve à quebra na safra do país.
Com um aumento projetado de 9,2%, o Brasil deverá embarcar 39,1 milhões de t em 2012/13. Esse volume, associado à redução nas exportações dos EUA, coloca o Brasil na liderança do ranking mundial dos exportadores.
O consumo norte-americano foi estimado em 43,9 milhões de t, redução de 10,1% em relação à 2011/12. Esse volume é o menor desde 1996/97.
Para a Argentina, o USDA espera um consumo de 39,9 milhões de t em 2012/13, superando em 6,0% o registrado no período anterior.
O relatório aponta para um consumo recorde na China, que deve alcançar em 2012/13 um volume de 75 milhões de t, crescimento de 5,8% em relação à 2011/12.
O USDA destaca que os estoques da China devam cair para 11,7 milhões de t, contra um volume de 14,9 milhões t de 2011/12. O relatório aponta como consequência desse quadro a redução na produção americana e a expansão no consumo chinês.
Os estoques totais de Argentina e Brasil, juntos, são estimados em 36,4 milhões de t. O relatório aponta para um aumento de 8,9% na Argentina e 16,1% no Brasil para o ciclo 2012/13.
Fonte: FIESP/Deagro, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Luiz Soave
Paracatu – MG