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Deagro/FIESP: produção mundial de milho e soja na safra 2012/13 será maior do que na safra anterior

Pelo quarto mês consecutivo, o USDA revisou para cima a estimativa para a safra mundial 2012/13, em razão, principalmente, das boas perspectivas para a produção brasileira.

Safra mundial de milho 2012/13

Produção: Pelo quarto mês consecutivo, o USDA revisou para cima a estimativa para a safra mundial 2012/13, em razão, principalmente, das boas perspectivas para a produção brasileira. O mundo deve produzir 854,4 milhões de toneladas (ton), volume 2,1 milhões de ton supeiror ao estimado no levantamento divulgado em janeiro.

Consumo/Estoque: Com uma leve queda no uso do milho para alimentação animal, o USDA reduziu a estimativa para o consumo mundial na comparação entre o 9º e o 10º levantamento, que deve atingir 867,3 milhões de ton. O aumento da produção e o consumo estável resultaram no incremento de 2 milhões de ton nos estoques mundiais, em relação ao volume previsto em janeiro.

Exportações: As exportações mundiais também mantiveram-se estáveis em 90 milhões de ton pelo fato da queda apresentada pelos EUA ter sido compensada pelo aumento do volume previsto para os embarques do Brasil

Com base nos relatos de boa produtividade na 1ª safra de milho (verão) somada à expectativa de ampliação da área plantada na 2ª safra, o USDA elevou em 1,5 milhão de ton, a estimativa para a produção brasileira, que deve somar 72,5 milhões de ton, o maior volume previsto nos levantamentos da safra 2012/13.

Para a Argentina, o 5º maior produtor mundial, a forte estiagem que atingiu o país durante todo o mês de janeiro e início de fevereiro, levou o USDA a reduzir a estimativa para 40,5 milhões de ton, ficando 1 milhão de ton abaixo do volume divulgado no mês passado.

O aumento previsto para a produção brasileira de milho levou o USDA a ampliar em 1,5 milhão de ton suas  estimativas para as exportações do Brasil, na comparação com o levantamento de janeiro. Assim, o volume exportado pelo país deve totalizar 19 milhões de ton.

Segundo o USDA, o aumento da concorrência com o Brasil resultou na redução de 1,3 milhão de ton nas exportações dos EUA em relação ao mês passado, chegando ao menor volume exportado pelo país desde 1971/72.

A menor utilização de milho na composição da ração animal influenciou a redução de 2 milhões de ton nas estimativas do consumo de milho no Brasil, em relação ao levantamento anterior, devendo atingir o menor volume entre todos os relatórios divulgados até o momento para a safra 2012/13. Entretanto, o USDA prevê um consumo recorde para o Brasil de 53 milhões de ton.

Para a China, o USDA ampliou a expectativa em 500 mil ton em relação ao volume divulgado em janeiro, resultando em um novo recorde no consumo de 209,5 milhões de ton.

Com um incremento na produção brasileira e uma redução no consumo esperado para a safra 2012/13, é prevista uma recuperação de 1,5 milhão de ton nos estoques do país em relação ao previsto em janeiro, devendo atingir 10,9 milhões de ton.

Para os EUA, o nível dos estoques é o menor desde 1995/96, apesar do leve aumento previsto (760 mil ton), este não deve ser suficiente para recompor os estoques para o final da safra 2012/13.

Safra mundia de soja 2012/13

Produção: O USDA divulgou o seu 10º levantamento da safra mundial de soja e registrou um pequeno aumento em relação às previsões de janeiro, passando de 269,4 milhões de toneladas (ton) para 269,5 milhões de ton. Com esse resultado, a produção mundial deverá crescer 12,9% ou 30,8 milhões de ton na comparação com a safra 2011/12.

Consumo/Estoque: Para o consumo, as estimativas foram revisadas para baixo em 350 mil ton em relação ao relatório anterior, totalizando 262,3 milhões de ton. Já para os estoques mundiais de 2012/13, o USDA prevê um aumento de 8,8% sobre o período 2011/12, devendo atingir 60,1 milhões de ton.

Exportações mundiais: Espera-se um aumento de 9,3% entre 2011/12 e 2012/13, contabilizando 98,9 milhões de ton para o período atual, volume estável em relação ao levantamento de janeiro.

A previsão para a produção dos EUA em 2012/13 é de 82,1 milhões de ton e uma produtividade de 44,4 sacas por hectare, a menor desde 2003/04. Confirmando-se esse resultado, o país deve registrar uma queda de 2,5% na comparação com 2011/12.

Para o Brasil, é prevista uma safra de 83,5 milhões de ton, com um crescimento de 1 milhão de t em relação ao relatório anterior.  Por outro lado, a perspectiva para a safra argentina diminui em 1 milhão de ton nas últimas semanas, devido ao longo período sem chuvas no país.

Os EUA devem embarcar 36,6 milhões de ton em 2012/13, superando as 37,1 milhões de ton exportadas em 2011/12. Apesar das quedas registradas nos levantamentos divulgados ao longo da safra, o USDA mantém o atual volume estável desde novembro de 2012.

 A estiagem que atingiu a Argentina nos meses de janeiro e fevereiro teve reflexo na produção do país, o que resultou na revisão para baixo nas estimativas de exportação, que devem totalizar 10,9 milhões de ton em 2012/13.

Todas as variáveis para a China foram mantidas estáveis nos relatórios de janeiro e fevereiro, inclusive o consumo, que está previsto para o período 2012/13 em 76,8 milhões de ton.

Pelo quinto levantamento consecutivo, o consumo dos EUA foi revisado para cima e deve alcançar 47,2 milhões de ton em 2012/13. O relatório destaca que esse desempenho está em linha com o aumento projetado para a produção de carnes no país.

Para o Brasil, a previsão de consumo do grão é mantida inalterada desde dezembro de 2012, e deve encerrar o ciclo 2012/13 em 40,1 milhões ton.

O USDA manteve estável a previsão para os estoques da China e Argentina entre janeiro e fevereiro. Os chineses, maiores consumidores de soja do mundo, devem ter seus estoques reduzidos em 9,6% ou 1,5 milhão de ton entre 2011/12 e 2012/13.

Para o Brasil, a perspectiva é de elevação do nível dos estoques, trajetória iniciada em dezembro. O país deve encerrar a atual temporada com 18,2 milhões de ton, volume 40% acima do registrado em 2011/12.

Fonte: Deagro/FIESP

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