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Decreto russo abre espaço para as carnes brasileiras

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, assinou decreto que pode viabilizar exportações adicionais de carnes bovina e de frango do Brasil e outros países que devem se beneficiar do embargo imposto por Moscou a produtos dos Estados Unidos, União Europeia, Canada e Austrália.

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, assinou decreto que pode viabilizar exportações adicionais de carnes bovina e de frango do Brasil e outros países que devem se beneficiar do embargo imposto por Moscou a produtos dos Estados Unidos, União Europeia, Canada e Austrália.

A medida estabelece que os esses países atingidos pelo embargo – uma retaliação às sanções impostas à Rússia por causa do conflito na Ucrânia – têm até 1o de setembro, ou seja, a semana que vem, para preencher suas cotas para vender ao mercado russo. Se não conseguirem, o governo russo passará então a fornecer licença de importação para outros países, não submetidos à retaliação imposta por Moscou.

Até agora, vários países esbarravam nos limites impostos pelas cotas de importação, boa parte delas detidas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, para aumentar suas exportações de carnes ao mercado russo no novo contexto.

Essa dificuldade fica assim superada na prática, com o decreto do governo, que dá flexibilidade para a ampliação substancial da entrada de carnes de outros países no mercado russo.

Para se ter uma ideia, os EUA conseguiam abocanhar cerca de 60% de uma cota de 270 mil toneladas de carne de frango que as chamadas Nações Mais Favorecidas (NMF) tinham direito de exportar para o mercado russo. Mas boa desse volume não deve ser alcançado até a semana que vem, dando espaço para maior venda de frigoríficos brasileiros.

No caso da carne bovina, a UE tem a maior cota. Mas é o Brasil atualmente o que mais exporta à Rússia, sendo responsável por 54% do fornecimento estrangeiro para aquele país.

No começo deste mês, Moscou proibiu a importação de todas as carnes, pescado, lácteos, frutas e vegetais originários dos EUA, países da UE, Canadá e Austrália.

Desde então, o governo vem bloqueando também tentativas de contornar o embargo. Esta semana, Moscou anunciou que conteve duas tentativas de entrada de mais de 100 toneladas de carnes procedentes dos EUA por um porto no leste do país.

Autoridades da Argentina, de passagem pela capital russa, receberam a sinalização de que suas exportações de carnes poderão dobrar nos próximos doze meses para o mercado russo.

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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