Demanda por carne bovina dos EUA continua sólida, apesar da vaca louca no Canadá

Os consumidores dos Estados Unidos parecem ter ignorado o medo causado pelo registro de um caso da doença da “vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina – EEB) no Canadá, uma vez que eles compraram uma grande quantidade de bifes e hambúrgueres por ocasião do feriado do Memorial Day, segundo informaram analistas da indústria.

Apesar de não haver dados mais precisos, as evidências sugerem que este foi um bom período para as vendas de carne bovina nos EUA – pelo menos nas regiões Oeste e Meio-Oeste. As condições úmidas da Costa Leste prejudicaram muitos planos de churrascos em quintais nesta região, disseram os analistas.

“O problema da vaca louca não mostrou realmente um impacto”, disse o analista da Topco Associates, Keith Bollman. “Eu acho que o consumidor médio acredita que a carne bovina dos EUA é segura e que toda a carne bovina que eles compram é dos EUA”.

O Memorial Day é tradicionalmente um dos períodos mais fortes do ano para as vendas de carne bovina nos supermercados dos EUA, mas a situação deste ano foi complicada devido ao problema da vaca louca no Canadá e aos recentes preços recordes da carne bovina no atacado, que estão começando a atingir os consumidores.

Os EUA proibiram as importações de bovinos e de carne bovina do Canadá, após uma vaca de Alberta ter apresentado resultado positivo para EEB. Esta medida exacerbou o já estreito fornecimento de bovinos para engorda nos EUA.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou que os preços da carne bovina no atacado nos EUA atingiram um recorde de US$ 317,70 a US$ 319,53 por 100 quilos.

A menos que novos casos de vaca louca sejam encontrados no Canadá, “nós acreditamos que a preocupação dos consumidores irá se dissipar”, disse o analista da Credit Suisse First Boston (CSFB), David Nelson. Ele disse que, no geral, “os norte-americanos não mostraram preocupação pela segurança dos alimentos como fizeram na Europa e no Japão. Se nenhum novo caso for encontrado, nós acreditamos que a demanda por carne bovina voltará ao normal rapidamente”.

Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint