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Demanda por carne bovina no Japão se aproxima dos níveis pré-EEB

A demanda por carne bovina no Japão quase se recuperou aos níveis de antes da descoberta do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) ou doença da “vaca louca” há quase um ano, de acordo com uma pesquisa feita por telefone entre os moradores da Grande Tóquio, segundo reportado pelo Nihon Keizai Shimbun na semana passada. A pesquisa, conduzida no início de agosto, entrevistou 700 pessoas que vivem em um raio de 30 quilômetros do centro comercial de Tóquio, com respostas válidas recebidas de 422 delas.

Porém, o cenário no Japão para o setor de carne bovina não é dos mais animadores, já que uma grande quantidade de escândalos corporativos, incluindo a rotulagem fraudulenta de carnes importadas pela Nippon Meat Packers Inc., está levando os consumidores a permanecerem inseguros com relação ao consumo deste produtos.

Somente 7,3% dos entrevistados disseram que não compram carne bovina em hipótese alguma, comparado com 31,3% que responderam isto na pesquisa feita em dezembro do ano passado, logo após o registro do primeiro caso de EEB no país. Somente 23,2% dos entrevistados disseram que cortaram dramaticamente suas compras de carne bovina desde os casos da doença, o que denota um declínio de 8,1% com relação à pesquisa de dezembro de 2001.

Na pesquisa de dezembro, somente 0,2% dos entrevistados disseram que aumentaram suas compras de carne bovina. Entretanto, na última pesquisa feita em agosto, 1,7% dos entrevistados disseram que tinham feito este aumento, sugerindo que a demanda está se recuperando, após ter ficado bem baixa por um bom tempo.

Em suas compras de carne bovina, somente 7,6% dos entrevistados disseram que compram principalmente carnes importadas, comparado com 26,1% que responderam isso na pesquisa do ano passado. Cerca de 43,6% dos entrevistados disseram que compram principalmente carne doméstica, 7,8% a mais do que na pesquisa de dezembro.

Os supermercados reportaram que as compras de carne bovina estão equivalentes a quase 90% do nível de antes da EEB. Entretanto, o medo gerado pela doença tem causado um impacto persistente. Cerca de 64,5% dos entrevistados disseram que a carne bovina não deveria ser utilizada nos lanches escolares, enquanto 67,5% dos entrevistados disseram que têm evitado dar carne bovina como presente.

Em dezembro passado, cerca de 31,9% dos entrevistados disseram que tinham medo que a crise da EEB se estendesse por mais seis meses, mas no mês passado, 24,2% dos entrevistados disseram que tinham medo que a doença se estendesse por mais cinco meses.

Os escândalos relacionados com a rotulagem fraudulenta das carnes não têm ajudado muito. Cerca de 21,1% dos entrevistados disseram que eles têm quase nenhuma confiança nos rótulos de alimentos frescos. Outros 46,9% disseram que perderam um pouco da confiança.

Fonte: Dow Jones & Company Inc., adaptado por Equipe BeefPoint

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