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Demanda por grãos no mundo pressiona preço dos alimentos

Os preços dos alimentos no mundo continuaram perto das máximas recorde no mês de agosto, especialmente nos países em desenvolvimento. Eles foram puxados, entre outros fatores, por preocupações com a colheita de milho dos Estados Unidos, que pode ser decepcionante.

Os preços dos alimentos no mundo continuaram perto das máximas recorde no mês de agosto, especialmente nos países em desenvolvimento. Eles foram puxados, entre outros fatores, por preocupações com a colheita de milho dos Estados Unidos, que pode ser decepcionante.

A FAO afirmou que seu índice de preços dos alimentos caiu menos de um ponto em agosto, para 231 pontos, ficando apenas 3% abaixo da máxima recorde registrada em fevereiro.

A forte demanda global por alimentos e biocombustíveis à base de grãos elevou os preços internacionais nos últimos meses, fortalecendo a perspectiva de falta de alimentos. A agência da ONU alertou que especialmente os estoques de grãos estão apertados, pois fracas colheitas recentes não foram capazes de acompanhar a demanda.

Um outro relatório, do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de Kansas City destacou que os Estados Unidos enfrentam menos pressão da alta dos alimentos do que os países em desenvolvimento. Nesses países, os preços dos alimentos estão mais intimamente relacionados aos agrícolas e os consumidores gastam uma parcela maior da renda com comida. Nos Estados Unidos, os consumidores, que comem muitos alimentos processados, enfrentam influências maiores do custo do trabalho e gastam uma parte menor de sua renda com alimentos. Em julho, o índice da ONU subiu 34% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o índice de preços dos alimentos ao consumidor nos Estados Unidos avançou apenas 4% no mesmo período.

“Mesmo se os preços das commodities flutuarem em níveis elevados, crescimentos modestos nos salários provavelmente vão equilibrar qualquer mudança nos preços dos alimentos nos Estados Unidos”, diz o banco.

Além disso, espera-se que o USDA reduza sua projeção para a safra de milho, sinalizando oferta apertada no próximo ano.

A reportagem é do jornal O Estado de SP, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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