Principais indicadores do mercado do boi –27-11-2017
27 de novembro de 2017
Carnes: após dois meses de suspensão, Filipinas reabrem mercado ao Brasil
27 de novembro de 2017

Demanda por milho do Brasil pode ser favorecida pelas chuvas na Ucrânia

As exportações brasileiras de milho podem ser beneficiadas pelo excesso de chuvas no Leste Europeu. Levando esse fator em consideração, a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) elevou para 33 milhões de toneladas sua estimativa para os embarques do país em 2017. No início do mês, a entidade projetava 30 milhões. A Anec baseia suas previsões em volumes efetivamente embarcados.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção da Ucrânia, principal país exportador do Leste Europeu, deverá somar 25 milhões de toneladas em 2017/18, 3 milhões a menos que em 2016/17. Com a quebra, os embarques ucranianos deverão recuar de 21,3 milhões para 20,5
milhões de toneladas, e analistas dizem que o volume ainda poderá ser revisto para baixo.

Ao mesmo tempo, as importações dos membros da União Europeia, que compram volumes expressivos da Ucrânia, tendem a alcançar 16 milhões de toneladas, 8,1% mais que no ciclo anterior. As importações não chegavam a esse patamar desde 2013/14.

Com o excedente de milho para exportação na safra 2016/17, os produtores brasileiros veem o cenário com bons olhos. De acordo com números da consultoria Safras & Mercado, o ritmo de comercialização da colheita segue lento, com apenas 61% da produção da segunda safra da região Centro-Sul, estimada em 68,7 milhões de toneladas, vendida.

Tudo indica, portanto, que haverá milho de sobra no Brasil para compensar a menor produção do cereal na primeira safra desta temporada 2017/18.

Para André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult, 2018 terá início com estoques muito acima do nível normal, suficientes para “neutralizar a queda de produção da primeira safra”. O especialista também esteve presente no evento realizado pela Anec.

A consultoria estima produção de 94,4 milhões de toneladas na temporada 2017/18, apenas 5% menor que em 2016/17. Para a segunda safra de milho – que representou 70% da colheita na temporada passada – a consultoria aponta 69,3 milhões de toneladas.

O número é mais otimista que o da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safrinha de 2016/17 (67,4 milhões de toneladas), considerada “mais que perfeita” pelo mercado.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.