O embate entre frigoríficos e produtores deve receber novos contornos no dia 11 de março, quando o Fórum Nacional da Pecuária de Corte, presidido por Antenor Nogueira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estará em Campo Grande (MS) discutindo a perda de renda do pecuarista. O evento será às 9h e falta definir se será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo ou na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).
O presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Leôncio de Souza Brito, propôs que a reunião ocorresse em Campo Grande, durante evento realizado na última sexta-feira pelo Fórum em Goiânia (GO). Devido à importância do estado na produção de carne, o convite foi aceito. Brito explica que a reunião do dia 11 servirá para ouvir o segmento produtivo e também envolver a classe política na questão.
Da reunião de Goiânia saíram três encaminhamentos: a oferta reduzida de animais para abate enquanto os preços ruins perdurarem; a instalação de uma central de comercialização de gado, envolvendo criadores e associações representativas da classe e também a articulação para criação de uma unidade frigorífica em forma de cooperativa.
O abate de animais somente para saldar compromissos já vem ocorrendo, segundo Brito. Sem falar que os produtores, conforme estudo da CNA, arcaram no ano passado com aumento de custos de 12% no Mato Grosso do Sul.
De acordo com Brito, a instalação da central servirá para regular o mercado e a oferta, evitando grandes baixas de preço. Concentrando a oferta, o produtor também tem mais barganha para negociar valores. Quanto à instalação de frigorífico, ele acredita que seria um passo a médio ou longo prazo, caso não haja acordo em relação à remuneração justa pelos frigoríficos, e adianta que seria necessário regime tributário especial para que a unidade não acabasse “engolida” pelos grandes.
Fonte: Campo Grande News (por Fernanda Mathias), adaptado por Equipe BeefPoint