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Deputado propõe que Sisbov siga aspectos regionais

Acrissul, Famasul e Sindicato Rural de Campo Grande querem uma rastreabilidade diferente para Mato Grosso do Sul, por isso as entidades estão elaborando proposta que será trabalhada na Câmara Federal pelo deputado federal Waldemir Moka. Hoje, em Brasília (DF), ele deve compor um grupo de trabalho para conduzir a questão.

Acrissul, Famasul e Sindicato Rural de Campo Grande querem uma rastreabilidade diferente para Mato Grosso do Sul, por isso as entidades estão elaborando proposta que será trabalhada na Câmara Federal pelo deputado federal Waldemir Moka. Hoje, em Brasília (DF), ele deve compor um grupo de trabalho para conduzir a questão.

Segundo ele, a intenção é que o sistema de rastreabilidade do governo federal observe as peculiaridades dos estados. Pecuaristas de Mato Grosso do Sul reclamam desde a implantação do primeiro modelo do sistema, argumentando que a criação é predominantemente extensiva e que fica dispendioso e inviável cumprir as regras.

“Estamos nessa discussão desde 2000. O Eras (atual sistema de rastreabilidade) tem um sistema de identificação muito complexo assim como é também complexo o acesso ao programa para dar baixa”, argumentou o presidente da Acrissul, Laucídio Coelho Neto.

Para o deputado, as exigências da Europa estão fora da realidade porque lá os rebanhos são pequenos e a implantação de um sistema de identificação é muito menos trabalhosa que em um país como o Brasil, onde as áreas são extensas e o boi é criado a pasto. “Acho que o caminho é o Congresso propor uma rastreabilidade que contemple as características regionais”, diz Moka. As informações são de Fernanda Mathias, do Campo Grande News.

Comentário BeefPoint: O MS é um dos maiores e mais avançados estados produtores de carne bovina. Se as exigências fossem variar de estado para estado, seria normal esperar que o MS estivesse entre os estados com as maiores exigências.

0 Comments

  1. Geraldo Bach disse:

    O caro deputado que me desculpe, mas eu acho que está no estado errado, pois se queremos vender um produto precisamos oferece-lo na embalagem e formato que o nosso comprador gostaria de recebe-lo.

    O Mato Grosso do Sul contempla um dos maiores rebanhos bovinos de nosso país e não me parece razoável estar questionando ou achando que alguém é obrigado a comprar nosso produto, precisamos, sim, nos apresentar nos mercados com as exigências mínimas atendidas ou esperar que alguém compre por que precisa ou por que quer o nosso produto, que por vezes é apresentado sem nenhuma garantia!

    O Brasil que detém o maior rebanho de corte do mundo precisa se preparar para vender sua mercadoria, fixando preços e condições e não simplesmente achar que os outros tem a obrigação de comprar o nosso produto.

    Os criadores de bovinos de todo o país deviam olhar para os lados e verificar o que estão fazendo os criadores de suinos, de aves ou os produtores de maçã, não os de outros países, os nossos co-irmãos brasileiros que desenvolvem estas atividades, que sem nenhum Sisbov para a sua atividade buscam cumprir as exigências dos mercados importadores, para oferecer um produto dentro de padrões exigidos por estes mercados e com total rastreabilidade e garantia.

    O Mapa quando instituiu o Sisbov o fez exatamente para auxiliar os produtores e toda a cadeia que sempre agiu de forma desorganizada, criando uma ferramenta que, claro, precisa ser aperfeiçoada e modernizada, mas não simplesmente ostilizada e combatida.

    Precisamos ter concência dos fatos, a rastreabilidade é um instrumento de controle do consumidor e este não está disposto a abrir mão de seus direitos, hoje restrito ao mais conscientes, mas amanhã também abrangerá os outros, inclusive o consumidor brasileiro que também devia ter acesso a estes meios e passar a exigir mais qualidade para o produto que consome.

    Ao nosso ver a rastreabiliodade veio para ficar e se queremos ser competitivos e disputar o mercado temos que nos adaptar as regras, ou ficar neste discurso que não leva a nada.

  2. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Um país com essas dimensões, realmente necessita de adequações. É importante esta iniciativa, pois prova que os produtores do nosso estado realmente são representados. O Sul é diferente do Centroeste que é diferente do Norte que por sua vez também é diferente do Nordeste. São várias regiões com características particulares. Necessitamos de normas adequadas para todos desde que não se coloque o sistema como um todo em dúvidas de credibilidade.

    Procuremos nos adequar ao necessário para garantir alimento seguro, sem perdermos a qualidade.

  3. José Leonardo Montes disse:

    concordo plenamente que o sisbov deve ser agilizado para funcionar corretamente, e sem muita burocracia, deixando de lado a politica e que pessoas que não estão relacionadas a esãs questões de sanidade animal fiquem de fora, e deixem que pecuaristas e aa iniciativa privada tomen conta do sistema, para que realmente funcione e não demais prejuizo a ninguem.

  4. Nagato Nakashima disse:

    Me perdoe o Deputado, o rastreamentode pode ser: individual, por lote, por proprietário, por propriedade, por município por estado e pelo país importante é que nas informações que garantam a inocuidade do alimento de acordo a cada caso e característica da produção, acima de tudo sejam precisas em condições de atender as decisões e necessidade do consumidor.

    O resto desde que o SISTEMA/SISBOV/MAPA funcione corretamente qualquer consumidor pode realizar a pesquisa.