A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vai debater, em audiência pública, denúncia do Greenpeace de comercialização de carne bovina em áreas desmatadas da Amazônia. A data da audiência ainda não foi marcada. De acordo com o presidente da comissão, deputado Roberto Rocha (PSDB-MA), é preciso conhecer em profundidade o documento e ouvir todos os interessados.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vai debater, em audiência pública, denúncia do Greenpeace de comercialização de carne bovina em áreas desmatadas da Amazônia. A data da audiência ainda não foi marcada.
As conclusões do relatório intitulado “Farra do Boi na Amazônia”, resultado de um estudo de três anos da organização não-governamental, serão analisadas pelos parlamentares. O texto destaca que a pecuária é responsável por cerca de 80% de todo o desmatamento na região Amazônica, caracterizando-se como o principal vetor do problema não apenas na região, mas também no mundo.
De acordo com o presidente da comissão, deputado Roberto Rocha (PSDB-MA), é preciso conhecer em profundidade o documento e ouvir todos os interessados. Na avaliação do parlamentar, que apresentou o requerimento sugerindo o debate, “a questão da produção de carne na Amazônia remete aos perigos da expansão desordenada da fronteira agropecuária”.
O coordenador da Frente Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), ressalta que o relatório traz informações sobre as fazendas que estavam na ilegalidade, que mantinham trabalho escravo ou haviam desmatado área maior que a permitida por lei.
Sarney Filho se solidarizou com o Greenpeace, por críticas que a ONG teria recebido da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). “O Greenpeace é uma organização séria e respeitada, que conta com trabalho voluntário de pessoas preocupadas com a vida no planeta”, defendeu.
Serão convidados para o debate representantes do Greenpeace, do Ministério do Meio Ambiente, do BNDES, do Ministério Público Federal, da Abiec, dos frigoríficos e dos supermercados Pão de Acúcar, Carrefour e Wal-Mart.
As informações são da Agência Câmara, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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A culpa acaba sendo sempre do boi e os madeireiros que chegaram antes, como ficam nesta história?
Por acaso não vão chamar de novo os representantes dos produtores, pecuaristas e agricultores, ( CNA, Federações e sindicatos? Vamos ficar de fora enquanto decidem nosso destino?
É uma lástima que nossos congressistas tomem como prioridade debater um relatório extremamente sensacionalista e que tantos prejuízos está provocando ao País e à imagem da produção pecuária. É surpreendente que o deputado Sarney Filho saia na defesa da ONG e não procure defender indústrias sérias, legalizadas e que tem oportunizado além de resultado econômico, grande desenvolvimento tecnológico ao processo de produção bovina. Seria muito elogiável que os Congressistas buscassem corrigir as distorções de nossa legislação ambiental, isto sim, prioridade para a ordenação jurídica e para a pacificação do ambiente produtivo do Brasil.