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Desenvolvimento capitalista

O desenvolvimento capitalista, principalmente no período pós guerra, gerou transformações sócio-econômicas na agricultura brasileira conhecidas como modernização.

As organizações rurais que até então praticavam uma agricultura de subsistência, produziam seus próprios instrumentos de trabalho, seus meios de transporte, adubos, sementes dentre outros.

O desenvolvimento capitalista aliado a modernização tecnológica do setor agropecuário provocaram mudanças que conduziram as atividades das organizações rurais a se restringirem ao processo produtivo.

Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e impôs-se a dinâmica da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da industria e vendendo matérias-primas para as agroindústrias, aprofundando as relações inter-setoriais do chamado complexo agroindustrial brasileiro.

O produto final traz incorporado ao seu valor, além do trabalho realizado na própria unidade de produção, aquele advindo da industria de insumos, da transformação ou beneficiamento e distribuição.

Basicamente, houve uma transformação das atividades de subsistência em ações que demandam cada vez mais a aplicação de intensiva tecnologia.

O desenvolvimento capitalista da agropecuária brasileira, alicerçado no uso intensivo de tecnologia que possibilita os elevados índices de produtividade, muda a composição do capital da organização agregando valor econômico na parte do capital composto por equipamentos, maquinas, defensivos agrícolas, combustíveis, ração, vacinas, medicamentos, sementes, dentre outros.

Assim, a tecnificação consolidou a monetarização da agropecuária, aprofundando as relações intersetoriais.

Neste contexto, as organizações rurais, vem ao longo dos anos sendo obrigadas a se transformarem em corporações econômicas complexas que devem buscar a eficiência, a sobrevivência e o crescimento.

Cumprir esta tarefa exige aplicações de técnicas gerenciais que possam dar suporte ao processo decisório, transformando a organização rural em Empresa Rural e conseqüentemente seus gestores em Executivos da administração rural.

A gestão administrativa da empresa rural está diretamente ligada a Administração Financeira da Empresa, cujo foco central está na busca por soluções conscientes e fundamentadas em questões de emprego de capital, obtenção de lucros satisfatórios, apropriação de custos, variação dos custos de acordo com meios de financiamento, dentre outros.

Estas questões exigem uma análise meticulosa pois levam a tomada de decisão específicas e interrelacionadas a:

– Decisão de Investimento: composição do ativo da empresa.
– Decisão de Financiamento: estrutura de capital.
– Decisão de retenção de lucro: qual parcela do resultado será reaplicado.

O Administrador é o responsável direto pelas decisões de investimento e de financiamento na empresa, sempre visando um fluxo regular de recursos produtivos que permita a maximização da riqueza da empresa e de seus proprietários.

Para exercer sua função deve contar com as ferramentas administrativas de controle e gestão para dar suporte às exigências de tomada de decisão do cargo que ocupa.

Seu papel como administrador é:

– Promover a obtenção de lucros da empresa através de:
a)Constituição do Ativo Produtivo
b)Constituição da Estrutura de Capital

– Promover o equilíbrio apropriado entre os objetivos antagônicos de liquidez e lucro.

Suas tarefas:

– Aplicação eficiente de recursos – SAÍDAS
– Obtenção em condições mais favoráveis esses recursos – ENTRADAS

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