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Despesas x custos

A elaboração de um bom plano de contas para controlar nossa atividade agropecuária é fundamental para podermos visualizar de forma correta onde devemos nos concentrar para aumentar nosso lucro.

Um bom plano de contas deve conter as contas:

– Receitas
– Custos
– Despesas
– Investimentos

Quando não se tem controle algum da atividade, muito comum no meio rural, apenas o controle do contra cheque já se torna um grande avanço. Com ele cria-se a necessidade de aumentar o controle, passando para o apontamento das despesas e receitas.

A visualização das despesas e receitas gera o interesse de aprimorar o controle. O que costuma gerar confusão é onde devemos apontar os investimentos.

A contabilidade rural fiscal permite que os investimentos sejam tratados como “despesas”, que são descontados do lucro para efeito de tributação do imposto de renda.

Na contabilidade rural gerencial, os investimentos são tratados como ATIVOS no Balanço Patrimonial. Aqui o conceito de ATIVOS é puramente de escrituração contábil, não tendo como referencia o conceito dado no Radar ATIVO X PASSIVO.

Hoje em dia é muito comum nos depararmos com afirmações de que é preciso diminuir os custos de produção para podermos sobreviver na atividade.

A diferenciação, no plano de contas gerencial, dos custos e despesas, oferece a possibilidade de uma gestão gerencial muito mais ampla e eficaz.

Definimos como CUSTOS DE PRODUÇÃO, todos os desembolsos efetuados, ligados diretamente com a produção. Como exemplo podemos citar os fertilizantes, vacinas, suplementação mineral dentre outros.

Já as DESPESAS, são todos os desembolsos efetuados, que não estão diretamente ligados a produção. Como exemplo temos as despesas administrativas: Telefone; Aluguel de Escritório; Secretária; Veículos da Administração e etc.

Esta divisão das “DESPESAS” da Contabilidade Fiscal em Despesas e Custos na Contabilidade Gerencial nos permite visualizar para onde está indo nosso dinheiro.

Desta forma podemos concentrar nossos esforços administrativos na gestão das contas onde visualizamos desperdícios.

Esta divisão torna-se um importante instrumento para identificarmos os “ralos” por onde nosso dinheiro escorre. A idéia é eliminar os desperdícios, aquela parcela da renda que vai para o “lixo” com coisas que nem sabemos direito quais são.

A ameaça do apagão mostrou que é mais fácil eliminar gorduras do que pode parecer a primeira vista. Por que não é possível fazer o mesmo na nossa atividade agropecuária? Identificar as gorduras torna-se viável com um bom plano de contas gerencial.

Muitos produtores costumam se desviar do problema sob o argumento de que já está vivendo no limite, sendo impossível fazer cortes, passando a culpa para o frigorífico e para o governo.

A verdade é que ter controle sobre as contas é algo que nada tem a ver com o frigorífico ou com o governo.

“Quem vê o dinheiro como símbolo de segurança costuma ser mais controlado”, afirma a psicóloga Ana Maria Fraiman, de São Paulo. “Quem vê o dinheiro apenas como fonte imediata de prazer ou como garantia de reconhecimento social em geral tem mais dificuldade para se disciplinar e evitar impulsos consumistas”.

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