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Dez tendências em hábitos alimentares para 2013 – Introdução

Nem tudo é notícia ruim, pois há um retorno aos serviços de supermercado. Mais varejistas estão investindo em programas de fidelidade e aplicativos que recompensam seus melhores compradores com descontos personalizados, nutricionistas no local, bares e restaurantes nas lojas e estão decorando o ambiente varejista.

No ano passado, previmos como as condições climáticas no mundo todo afetariam os rendimentos da produção agrícola e impactariam nos preços dos alimentos; pouco sabíamos sobre quão grande seria esse impacto. No ano de 2012 houve a pior seca em 50 anos e devastou mais de 60% de todas as terras agrícolas aqui nos Estados Unidos. Existem poucas dúvidas de que, como o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu, os preços dos alimentos continuarão aumentando por muitos anos. O americano médio gasta menos de 9% de sua renda em alimentos, o que é a menor porcentagem de cidadãos do que em qualquer outro país e menos do que os americanos gastavam em 1982 (13%). Desta forma, qualquer aumento nos preços dos alimentos afetará muitos, mesmo que modesto.

O interesse apaixonado em alimentos sendo liderado pela geração Millenials continuará; liderado pelo desejo de entender os alimentos, de onde se originam, seu preparo e como os alimentos são servidos. Porém, com uma peculiaridade: a geração Millenials busca por negócios e rentabilidade. Mais de 86% buscam os preços mais baixos por alimentos. Quase um terço dos Millenials (mais de 50 milhões de pessoas nascidas entre 1978 e 1994) têm dificuldade de arcar com as despesas de suas compras semanais comparado com 22% da população em geral.

Os Millenials são a geração mais etnicamente diversa da história de nosso país – aproximadamente 19% são latinos, 13% são negros, 4% são asiáticos. Um em cada cinco tem um parente imigrante e um em cada 10 tem um parente que não é cidadão dos Estados Unidos. Claramente, eles são a fundação para o aumento e o desejo por alimentos mais saborosos. Essa geração será mais educada, com 63% previstos como tendo ou devendo ter graduação em faculdade até o ano de 2016. Entretanto, muitos reportam baixos salários ou não têm empregos e 25% deles voltaram para casa com seus pais.

Os preços dos alimentos também terão um impacto enorme na “classe média” dos Estados Unidos (definida como famílias com renda de US$ 38.000 a US$ 118.000 por ano) que caiu de 61% da população em 1971 para 51% em 2011; e têm visto seu patrimônio líquido cair em quase 40%, para US$ 77.300 de 2007 a 2010. Em agosto de 2012, mais de 45 milhões de americanos estavam inscritos no Programa de Assistência à Suplementação Nutricional do USDA (SNAP ou vales-refeições) e recebem benefícios mensalmente.

Nem tudo é notícia ruim, pois há um retorno aos serviços de supermercado. Mais varejistas estão investindo em programas de fidelidade e aplicativos que recompensam seus melhores compradores com descontos personalizados, nutricionistas no local, bares e restaurantes nas lojas e estão decorando o ambiente varejista. Também podemos esperar mais consolidação varejista à medida que os supermercados tradicionais se esforçam e os compradores expandem suas compras de alimentos ao invés de fontes alternativas, incluindo drogarias ou lojas de descontos por exemplo. Os supermercados perderam 15% de participação no volume para esses e outros competidores desde 2000, alertando e mostrando à indústria que é hora de focar em um entendimento mais profundo do que os compradores querem.

Estudantes da escola primária retornaram à escola neste início de ano com mais escolhas saudáveis em seus lanches, como uma re-educação alimentar promovida pelos Millenials, ensinando por que comer desta maneira é importante. As refeições escolares precisam suprir novos padrões nutricionais federais, requerendo mais grãos integrais, frutas frescas, vegetais, redução de sódio, redução de calorias, impondo limites rígidos sobre gorduras saturadas e gorduras trans, e leite com menos sódio, menos calorias e sem gordura ou com apenas 1% de gordura. A esperança é que esse comportamento modificado se torne os hábitos de consumo de casa e sejam passados a todos os membros da família.

O artigo abaixo é de Phil Lempert, editor chefe do Supermarketguru, e ss 10 tendências serão publicadas separadas e diariamente.

EUA desperdiça 40% de todo alimento do país – Dez tendências em hábitos alimentares para 2013 #1

Mais refeições com porções menores é mais saudável – Dez tendências em hábitos alimentares para 2013 #2

Diabetes, pressão alta e doenças cardíacas da geração Boomers – Dez tendências em hábitos alimentares para 2013 #3

Consumo de proteína alternativa deve aumentar – Dez tendências em hábitos alimentares para 2013 #4

2 Comments

  1. Nelson Alexandre disse:

    Excelente matéria, pena que se refere aos Estados Unidos e não ao Brasil.
    Vocês têm pesquisas feitas no nosso país?
    Atenciosamente
    Nelson Alexandre

  2. Almir Menelau disse:

    As informações são relevantes e atuiais.Muito bom.Parabens.