Nem mesmo a chuva e a baixa temperatura esfriaram o interesse de pecuaristas e acadêmicos de conhecer os resultados do Nelore super-precoce. Novilhas que emprenharam a pasto a partir dos 11 meses de idade e hoje estão desmamando bezerros com peso médio de 200 kg foram a principal atração do dia de campo promovido no último final de semana, pelo selecionador Helio Coelho, criador de Mato Grosso do Sul, que recebeu da USP de Ribeirão Preto, o título de maior progresso genético do programa Nelore Brasil.
“O evento serviu para desmistificar conceitos em torno do Nelore super-precoce. As maiores dúvidas estão relacionadas à habilidade materna e a reconcepção de cio”, explica o médico-veterinário Argeu Silveira, responsável pela seleção genética do nelore Helio Coelho e Filhos.
No dia de campo na fazenda Chimarrão, em Anastácio, foram apresentadas novilhas paridas antes dos dois anos, com peso médio de 454 kg. As fêmeas irão desmamar suas crias no final de maio e 95% já estão prenhes novamente.
“O surpreendente é que os bezerros encontram-se com peso médio de 200 kg”, comenta Silveira, ao lembrar que a produção do super-precoce está diretamente ligada à pressão de seleção. É preciso acertar na escolha dos touros com Deps (Diferenças Esperadas na Progênie) positivas para as características desejadas e descartar os animais que não se encaixam às metas da seleção.
O trabalho de Helio Coelho e Filhos vem sendo objeto de estudo da USP de Ribeirão Preto, que acompanha a evolução do plantel para a elaboração da nova Dep de Prenhez Precoce, do Sumário Nelore Brasil, cujo lançamento será no segundo semestre deste ano.
Fonte: Juliana de Freitas, Assessora de Imprensa Helio Coelho e Filhos