A crise financeira mundial e a falta de crédito para a indústria frigorífica colocaram o setor definitivamente na crise. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 15 plantas estão paralisadas, quatro grupos encontram-se em fase de recuperação judicial e 4,8 mil demissões diretas já foram homologadas pelas empresas. O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, admite que esta é a pior crise já enfrentada pela indústria frigorífica, e depois da frustrada audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural na Câmara Federal, em Brasília, pecuaristas não encontram alternativas em curto prazo.
A crise financeira mundial e a falta de crédito para a indústria frigorífica colocaram o setor definitivamente na crise. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 15 plantas estão paralisadas, quatro grupos encontram-se em fase de recuperação judicial e 4,8 mil demissões diretas já foram homologadas pelas empresas. Para pecuaristas e frigoríficos, houve redução da oferta e queda nos preços da arroba do boi gordo e da carne exportada.
O Imea prevê o agravamento da crise caso não sejam tomadas providências para socorrer as plantas que pediram recuperação judicial, como a extinção de 44 mil empregos indiretos no setor. Esse volume poderá ser contabilizado porque para esta atividade industrial cada emprego direto de abate bovino no Estado, são gerados 8,13 empregos indiretos.
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, admite que esta é a pior crise já enfrentada pela indústria frigorífica, “pois agrega preços da matéria-prima e falta de crédito para sustentar as plantas que estão em dificuldades financeiras”.
Depois da frustrada audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural na Câmara Federal, em Brasília, para discutir os impactos da crise e a cadeia produtiva de carne no Brasil, pecuaristas não encontram alternativas em curto prazo. “A situação é de extrema gravidade, principalmente em cidades das regiões noroeste e nordeste de Mato Grosso. A população não encontra saída para a crise. Não encontramos respaldo por parte dos governantes. A alternativa mais viável, diante de tudo isso, é a decretação de calamidade pública em algumas regiões”, disse o presidente da Acrimat, Mário Cândia.
Pecuaristas como o deputado estadual, Otaviano Pivetta, segue na mesma linha de sugestão. “A Acrimat e as organizações de classe, como a Famato, fariam um levantamento de quanto é a dívida dos frigoríficos e quem são esses credores. Analisada e mensurada a gravidade da situação, o governo decreta o estado de calamidade do município, e através de uma ação judicial, pede a posse das industriais, através da organização dos produtores”. Pivetta acredita que com essa medida aconteceria a reativação das indústrias, dos abates, dos empregos e da atividade econômica, “mas todo esse processo deve ser realizado com muito planejamento e organização”.
A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no jornal Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.