Nem sempre damos a devida atenção à fase de acasalamento e estação de monta, mas é exatamente nessa fase que toda produção começa. Por isso, devemos ter alguns cuidados para que os resultados esperados sejam alcançados.
Nem sempre damos a devida atenção à fase de acasalamento e estação de monta, mas é exatamente nessa fase que toda produção começa. Por isso, devemos ter alguns cuidados para que os resultados esperados sejam alcançados.
Todo o processo começa com o correto acasalamento do rebanho, e para isso a escolha dos touros é o ponto crucial. É preciso fazer uma avaliação criteriosa dos animais disponíveis na propriedade e verificar se são animais jovens, com a genética adequada aos objetivos da fazenda, se estão em boas condições físicas de trabalho e, principalmente, se estão com exames andrológicos atualizados e positivos. Visto isto, o criador precisa buscar um fornecedor de touros de reposição que selecione touros dentro de critérios semelhantes com a realidade da sua fazenda. Ou seja, se o criador produz carne a pasto – como a maioria do rebanho brasileiro – é preciso adquirir animais que tenham sido selecionados a pasto. Animais selecionados em rebanhos que usam suplementação ou provas de ganho de peso em confinamento podem causar frustrações na hora de avaliar os resultados.
É importante que a estação de monta tenha um período definido. Desta forma, a fazenda consegue aproveitar ao máximo a época do ano mais propícia para a reprodução, quando temos maior abundância de pastos e, conseqüentemente, de cios. Outro benefício da estação de monta é a possibilidade de um melhor planejamento das atividades da fazenda. Todos os bezerros nascem na mesma época e são desmamados na mesma época, otimizando o trabalho da equipe. Com o uso da estação de monta, também é possível medir efetivamente a eficiência da propriedade, calculando taxas de prenhez, nascimento e desmama, além de conseguir identificar as vacas que não estão produzindo um bezerro por ano.
É muito fácil e seguro encontrar touros no mercado que são realmente melhoradores, ou seja, touros que melhorem efetivamente a qualidade dos bezerros produzidos. Para isso, basta procurar um criador de touros com CEIP – Certificado Especial de Identificação e Produção – emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e que é uma garantia de produtividade dos animais.
O projeto da Agro-Pecuária CFM foi o primeiro programa de seleção da raça Nelore a ser aprovado pelo MAPA para emissão do CEIP. A CFM seleciona animais ganhadores de peso, sexualmente precoces e com excelente acabamento totalmente a pasto. O mais importante é que o CEIP é a garantia que o produtor está comprando somente os 30% melhores animais nascidos de cada safra, ou seja, só são comercializados os touros da “cabeceira” do rebanho.
Escolhido o fornecedor de touros, é preciso calcular a quantidade de touros necessária. A CFM recomenda o uso de 1 touro para cada 25 fêmeas, o que garante que não haverá perdas de cios. É claro que em condições excelentes de manejo, com pastos pequenos, limpos e manejo intensivo, é possível utilizar uma relação touro : vaca maior.
E aí vai uma dica de manejo para os touros jovens recém adquiridos: é importante que os touros jovens não sejam colocados em lotes de fêmeas junto com touros mais velhos, pois os touros mais velhos se comportam como dominantes e impedem o desempenho reprodutivo adequado de touros jovens. Os animais em serviço devem ser observados periodicamente (a cada 2 ou 3 dias), para se corrigir problemas com dominância dos touros no grupo de manejo e observar possíveis alterações indesejáveis. Durante essa observação, deve-se juntar todo o lote de touros e fêmeas (fechar rodeio), o que também ajuda os touros na identificação das fêmeas em cio. Para touros jovens que estão sendo colocados em serviço pela primeira vez, pode-se utilizar um touro com experiência no lote, desde que seja de idade semelhante, para servir de “professor” aos touros jovens e menos experientes.
Outro ponto importante no manejo da estação de monta é a consangüinidade, que em níveis elevados pode começar a comprometer a produtividade. A melhor forma de controlar a consangüinidade é buscar um produtor de touros que tenha uma grande base de fêmeas porque desta forma os touros produzidos já terão esse tema controlado. Na CFM utilizamos um programa de acasalamento (software de acasalamento) que além de maximizar os ganhos genéticos faz o controle da consangüinidade tanto da inseminação como da monta natural. Outra dica importante para as fazendas que fazem inseminação, como ocorre na CFM, é o controle diário da taxa de cio, com esse controle é possível identificar o momento em que ocorre a estabilização das inseminações e dessa forma poder fazer alguma interferência para aumento da eficiência ou destinar o lote para o repasse com touro e diminuir os custos da fazenda.
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