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Dicas CFM sobre os critérios da avaliação genética. O que é o CEIP?

Para a máxima eficiência de uma fazenda é preciso que o produtor trabalhe de forma a equilibrar o tripé: genética, nutrição e sanidade. Se fizermos uma analogia com um carro, podemos dizer que a genética seria o motor, a nutrição seria a gasolina e a sanidade seria a estrada. Assim fica fácil de entender a importância da genética, pois nada adianta você ter a melhor estrada e o melhor combustível se for usar um motor enferrujado ou sem potência.

Para a máxima eficiência de uma fazenda é preciso que o produtor trabalhe de forma a equilibrar o tripé: genética, nutrição e sanidade. Se fizermos uma analogia com um carro, podemos dizer que a genética seria o motor, a nutrição seria a gasolina e a sanidade seria a estrada. Assim fica fácil de entender a importância da genética, pois nada adianta você ter a melhor estrada e o melhor combustível se for usar um motor enferrujado ou sem potência.

Por isso que tanto se fala sobre genética e melhoramento genético dos rebanhos, mas é preciso esclarecer e desmistificar alguns pontos sobre o melhoramento genético. Afinal de contas o que é melhoramento genético?

Melhoramento genético nada mais é do que selecionar animais que tenham o perfil genético desejado para determinada característica, e que, portanto, irão passar os genes desta característica para as gerações futuras, aumentando sua expressão no rebanho. Mas isto não significa que você esteja fazendo melhoramento genético efetivo: se estiver “melhorando”, por exemplo, tamanho adulto, os animais ficarão maiores a cada geração e com uma maior exigência de energia (leia-se comida) para manutenção, o que ira comprometer a rentabilidade da fazenda. Da mesma forma, se você é um criador comercial e utiliza um animal que foi selecionado somente para características de pista (tipo), também não vai ter benefício nenhum em seu rebanho com o uso desta genética.

Para simplificar, é importante que o criador procure as características que tenham real importância para o seu negócio, pois somente assim terá o benefício do melhoramento genético. Por isso que, na CFM, buscamos o melhoramento de peso, precocidade sexual e acabamento, características que consideramos de real valor econômico, melhorando o peso dos animais de abate, com melhor acabamento de carcaça e também com a maior precocidade sexual das nossas novilhas.

Seguindo este raciocínio, a CFM utiliza um índice de Seleção, o Índice CFM (ICFM), composto por quatro características de maior peso econômico para a produção de carne na CFM, com as ponderações da fórmula abaixo.

ICFM = 2PD + 4GPSob + 2Musc + 2PE, onde:

PD é a DEP para peso ao desmame;
GPSob é a DEP para ganho de peso da desmama ao sobreano;
Musc é a DEP para musculosidade;
PE é a DEP de perímetro escrotal.

Com base neste índice de seleção a CFM conseguiu melhorar o potencial genético do rebanho para o peso ao Sobreano (18 meses de idade) em mais de 20 Kg nos últimos dez anos, ou seja, os animais têm melhor genética para estarem mais pesados em mais de uma arroba com a mesma idade que anteriormente. Isto sim é melhoramento genético para características de real importância econômica.

Diante deste cenário, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), instituiu em 1995 o programa de CEIP – Certificado Especial de Identificação e Produção – outorgado para os programas de melhoramento genético reconhecidamente eficientes.

A CFM foi o primeiro programa de melhoramento do Nelore a receber o CEIP. Para fazer essa outorga, o MAPA vistoriou a CFM para verificar como os animais são identificados, como os dados são armazenados, quais as metodologias e quem que realiza as avaliações genéticas. Somente depois de comprovar que todo processo estava correto é que a CFM foi autorizada a emitir o CEIP.

A portaria 267 de maio de 1995, emitida pelo MAPA, esclarece que os animais portadores de CEIP devem ter o mesmo tratamento de animais pertencentes a associações de criadores nas categorias: PO (puro de origem), PC (Puros por cruzamento), LA (livro aberto) etc.. E desta forma obtenham a autorização para participação e ingresso em leilões, parques de exposição, isenção de impostos e acesso a financiamentos.

Todos os anos, a CFM envia o seu banco de dados para o MAPA, que faz o acompanhamento do desempenho e do resultado de cada safra para determinar se a CFM pode ou não continuar com a permissão para emitir os CEIPs dos seus animais.

Além dessa auditoria anual, o MAPA estabelece um limite para o número de animais que podem receber o CEIP, que é de, no máximo, 30% dos melhores animais nascidos a cada safra. Traduzindo de uma forma mais clara, significa que os produtores de touros com o CEIP – que é o caso da CFM – podem comercializar como reprodutores apenas os melhores 30 animais de cada 100 nascidos. Isso se chama pressão de seleção e é muito importante para o melhoramento genético das gerações futuras, pois limita o nível e qualidade dos genes dos animais que serão passados para a geração seguinte.

Para completar, quando o produtor compra um touro com CEIP, pode ter a certeza que realmente está levando o terço superior (a nata) da genética do rebanho CFM.

Aqui fica uma dica: para determinar qual o nível de pressão de seleção que um produtor tem em seu rebanho, basta perguntar quantos machos nascem por ano (ou basta saber quantas vacas ele tem) e quantos touros ele produz. Ai você faz a conta, dividindo o total de touros pelos machos nascidos e vai saber se ele vende apenas a cabeceira do rebanho.

Para mais informações preencha o formulário abaixo.

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