A presidente Dilma Rousseff criticou a aprovação, pela Câmara, de emendas ao projeto que trata do novo Código Florestal. "Não concordo que o Brasil seja um país que não tenha condição de combinar ser uma grande potência agrícola com uma grande potência ambiental", disse a presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff criticou a aprovação, pela Câmara, de emendas ao projeto que trata do novo Código Florestal. “Não concordo que o Brasil seja um país que não tenha condição de combinar ser uma grande potência agrícola com uma grande potência ambiental”, disse a presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Dilma rebateu as críticas de que esteja colaborando com os desmatadores. “Não sou a favor da consolidação do desmatamento ou da anistia ao desmatamento.” E disse: “O Brasil teve uma prática que não pode se deixar repetir. Muitas vezes se anistiava dívidas, anistiava novamente e novamente. O desmatamento não pode ser anistiado – não por vingança, mas porque as pessoas precisam perceber que o meio ambiente é algo muito valioso e é possível preservá-lo e produzir alimentos.”
Dilma reafirmou ser contra as emendas ao Código. “Fui contra a aprovação. Mas, obviamente, respeitando a posição de todos que divergem de mim, continuarei firme defendendo a mudança da emenda no Senado.”
A presidente também avisou que tem o poder do veto, mesmo sabendo que ele pode ser derrubado. “Primeiro, tentarei construir (no Senado) uma solução que não leve à situação de impasse que ocorreu na Câmara. Agora, quero dizer a vocês que eu tenho compromisso com o Brasil. Eu não abrirei mão desse compromisso. Nós temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos poderes e temos de nos respeitar, Judiciário, Legislativo e Executivo. Eu tenho a prerrogativa do veto.”
“Se eu julgar que qualquer coisa prejudique o País, eu vetarei. A Câmara pode derrubar o veto. Você tem ainda as instâncias judiciais. O que eu quero dizer é que eu sou a favor do caminho da compreensão e do entendimento.”
Em outro momento, quando conversava com senadores petistas, no Palácio da Alvorada, Dilma lamentou não ter conversado mais com os deputados. “Se a gente tivesse tido mais diálogo, teríamos aprovado (o texto como queríamos) na Câmara. Foram 40 votos de diferença.” Questionada se prorrogará o início da vigência das punições, em 11 de junho, para os produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis, declarou: “O futuro a Deus pertence.”
A matéria é de Tânia Monteiro, publica no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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“O futuro a Deus pertence.”
Que tipo de fala é essa? quando assunto de tamanha importancia, as multas que afetam muitos produtores e podem se estender a 95% deles, a presidente não tem sequer algo melhor para dizer…
O Congresso já percebeu que os maiores prejudicados pelo incompetente desperdício de produtividade serão mesmo a maioria, os pequenos produtores, que em muitos casos, somando APPs e RLs, ficarão sem nada além do papel da escritura (averbada). No fundo, o problema é que a viagem de volta da Europa demora muito tempo. Os botocudos do executivo brasileiro voltam pensando como se sentiram diminuidos pelos requintados europeus e concluem que aceitando as ecotolices inventadas por eles para prejudicar a agricultura e a pecuária do nosso país vão ganhar prestígio no cenário internacional, seja uma festinha, seja uma medalhinha, seja um carguinho na ONU. Uma plantação de milho produz muito mais oxigenio e mais sequestro de carbono do que qualquer pedaço do cerrado…
Tudo indica que a presidente Dilma precisa obter informações mais precisas e reais sobre a situação do produtor rural e não ficar dando ouvidos exclusivamente aos seus assessores e ambientalistas desinformados.
vou esperar o desfecho final em todos os niveis
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Não posso entender: Sobre o desmatamento de hoje é só fiscalizar. Porque não se faz? Sobre o desmatamento de 20 anos a traz, não tive fiscalização de toda evidencia, mas é difícil crer que a administração não tinha conhecimentos ou ate não tinha participado na ação. Assim tem que multar a administração também!
Corrigir os erros é necessário, mas tem que ajudar o ruralista meio para fazer isso e não multar.
Agora o código florestal não pode ser mais drástico que o código adotado no mundo porque é o brasileiro que vai pagar.
A Dilma não sabe o que está falando. Precisa percorrer o meio rural para entender, assim como fez Aldo Rebelo.
Concordo com o comentário do Sr. Marcos Dias.
Marcos tbém sou de Cent do Sul. Mas estou morando no MT., me passe seu endereço de e-mail.
O meu é 3rbk@bol.com.br
Concordo com os colegas. E o Marcos Dias foi feliz em seu comentário.
Espero que a Dilma entenda bem e coloque o melhor para todos, que não afete ninguém, para que não há prejudicados.
Bom dia amigos agropecuaristas. Há 60 dias estudo o novo codigo floresatal e sempre que me deparo com comentários como a de nossa respeitável presidente tenho a impressão de que não estamos falando da mesma PL 186. Qual seria a dita anistia? bem como o apoio ao desmatamento?.. Obrigado