Otimista com os resultados do combate aos 4,2 mil focos registrados na Argentina, Uruguai e Brasil em 2001, o Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) acredita que os três países não registrarão casos da doença em 2002. “Os problemas foram controlados rapidamente e isto é positivo”, disse o diretor do organismo, Eduardo Correa Melo.
Durante a 15a reunião ordinária do comitê Bacia do Prata da Panaftosa, que começou ontem e termina hoje em Porto Alegre, Melo ressalvou que os países da região devem aprimorar os sistemas de vigilância e caracterização epidemiológica nas fronteiras. Outra iniciativa recomendada é a coordenação da vacinação, embora isso não signifique um calendário único de imunização, devido às características da produção pecuária em cada país.
Conforme informa o diretor, técnicos da Panaftosa vão apresentar os resultados das auditorias feitas no sul do Brasil, na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia em 2001. Os estudos destacam as ações de controle da doença e servirão de base a um plano conjunto para alcançar a meta da Comissão Hemisférica de Luta contra a Aftosa (Cohefa) de erradicar o vírus da enfermidade do continente americano até 2009.
“Temos que chegar à erradicação sem vacinação, que é um meio de aumentar a resistência dos animais enquanto enfrentamos algum nível de risco”. Segundo ele, o Chile, que também integra o comitê da Bacia do Prata, não foi submetido à auditoria porque está livre da aftosa sem vacinação. As demais áreas que não estão imunizando o gado atualmente são Santa Catarina e o sul da Argentina, informou.
A Argentina foi o país que mais registrou focos da doença em 2001. Foram 2.126 casos, ante 2.057 registrados no Uruguai e 30 no Rio Grande do Sul. Todos eles já foram eliminados.
Fonte: Valor Online (por Sérgio Bueno), adaptado por Equipe BeefPoint