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Diretor da OIE: doenças animais aumentam a pobreza

Para o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, a segurança alimentar começa na saúde dos animais. A importância do combate a essas doenças foi tema central da palestra dele na 11ª Reunião do Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA), realizada nesta segunda-feira (9), no Rio de Janeiro. "O impacto das doenças animais excede 20% na produção de animais em todo o mundo", informou.

Para o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, a segurança alimentar começa na saúde dos animais. A importância do combate a essas doenças foi tema central da palestra dele na 11ª Reunião do Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA), realizada nesta segunda-feira (9), no Rio de Janeiro. “O impacto das doenças animais excede 20% na produção de animais em todo o mundo”, informou.

Vallat chamou atenção para os impactos sócio-econômicos que as enfermidades animais causam mundialmente. Segundo ele, com esses impactos a produção animal e a segurança alimentar estariam prejudicadas e haveria um aumento da pobreza, já que hoje, um bilhão de agricultores sobrevive da produção. Além disso, países perderiam oportunidades comerciais por causa do status sanitário e não receberiam investimentos. Ainda de acordo com o diretor-geral, esse fator poderia causar a insatisfação da população e, por conseqüência, a queda de governantes.

Vallat defende a implantação das Zonas de Alta Vigilância para acabar com as doenças animais e, no caso específico da reunião, com a aftosa. “É a maneira mais eficaz para que o vírus desapareça e ajuda o país a não perder o status sanitário no resto do seu território”, disse.

Em um encontro com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, Vallat elogiou o trabalho que o governo brasileiro tem realizado na área de sanidade animal, principalmente, para a erradicação da febre aftosa.

O ministro disse que graças aos esforços técnicos e políticos, o Brasil tem avançado bastante na defesa agropecuária, mas que ainda tem um caminho a ser percorrido. “Quando assumi o ministério coloquei como prioridade a defesa sanitária animal e vegetal”, disse Stephanes. No último dia 27, a OIE reconheceu 10 estados brasileiros e o Distrito Federal como área livre de febre aftosa com vacinação.

Há, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) total empenho para que os estados das regiões Norte e Nordeste alcancem em três anos o status de área livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, a maior parte do território brasileiro seria reconhecido como livre dessa enfermidade com vacinação. Atualmente, apenas Santa Catarina é considerado pela OIE como área livre sem vacinação.

As informações são do Mapa.

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