O vírus da febre aftosa pode ter entrado no Brasil por meio de propriedades que compreendam áreas do Brasil e do Paraguai, segundo investigação do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), ligado às polícias Civil e Militar de Mato Grosso do Sul.
Estes sítios ou fazendas estão divididos apenas pela Linha Internacional, como é chamada a estrada de terra construída ao longo da fronteira entre os dois países pelo lado brasileiro.
“A hipótese de que o vírus tenha entrado no Brasil por meio destas propriedades só tem ganhado força desde que iniciamos a investigação”, disse o delegado Antônio Carlos Videira, que coordena as investigações do DOF sobre a origem do foco de febre aftosa na região sul do estado. Ele acredita que os animais dessas fazendas estejam transitando de um lado para o outro da fronteira.
Segundo Videira, o relatório sobre a investigação deve ser concluído na próxima semana e depende ainda do resultado de exames laboratoriais dos animais com suspeita da doença.
Autoridades sanitárias do Paraguai negam que haja focos de aftosa no país, que recebeu a certificação de zona livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Outra linha de investigação do DOF é a possibilidade da entrada do vírus por meio da comercialização ilegal de gado do Paraguai, onde geralmente o preço do animal é mais baixo do que no Brasil.
Os agentes e policiais do DOF fizeram registros das marcas do couro do gado sob suspeita e está confrontando com os registros dos produtores. As marcas feitas no animal identificam todos os donos que o gado teve.
As investigações preliminares indicaram marcas com características das marcas paraguaias.
Fonte: Folha de S.Paulo (por Sílvia Freire), adaptado por Equipe BeefPoint