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Dólar cai a R$ 1,90, menor nível desde setembro/08

Pela primeira vez desde 30 de setembro do ano passado, o dólar voltou à casa de R$ 1,90. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 1,903, baixa de 1,3% em relação ao dia anterior. Com isso, se aproxima do nível em que se encontrava antes do aprofundamento da crise, com a quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro. No dia 12 daquele mês, a moeda americana valia R$ 1,78.

Pela primeira vez desde 30 de setembro de 2008, o dólar voltou à casa de R$ 1,90. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 1,903, baixa de 1,3% em relação ao dia anterior. Com isso, se aproxima do nível em que se encontrava antes do aprofundamento da crise, com a quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro. No dia 12 daquele mês, a moeda americana valia R$ 1,78. Entre as principais moedas do mundo, o real é a que tem a maior valorização ante o dólar em 2009: 21,47%.

Ontem, dois fatores contribuíram para os ganhos da moeda brasileira: a queda do dólar no mundo inteiro, decorrente da melhora do cenário após o socorro de US$ 3 bilhões ao grupo financeiro americano CIT, e o resultado da balança comercial brasileira, superior às projeções.

O superavit comercial do país foi de quase US$ 900 milhões na terceira semana de julho, levando o acumulado de 2009 para US$ 16,1 bilhões. “A valorização do real é explicada pela diminuição da aversão ao risco, que melhora o fluxo financeiro, e pelo avanço das commodities, que aumenta o fluxo comercial”, disse o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto.

O índice CRB, por exemplo, que contém uma cesta com várias commodities globais, tem em 2009 uma valorização de 8,3%. No ano passado, a balança do agronegócio teve saldo positivo de US$ 50 bilhões – o superavit geral foi de US$ 24 bilhões. O Banco Central (BC) tem aproveitado essa situação para engordar ainda mais as reservas brasileiras, que já se aproximam de US$ 210 bilhões.

Parte do desempenho da moeda brasileira no ano também se explica pela desvalorização no auge da crise. Entre a mínima cotação do dólar nos últimos anos (R$ 1,56 em 31 de julho de 2008) e a máxima pós-crise (R$ 2,50 em 8 de dezembro), a queda do real chegou a 37,7%. De lá para cá, a moeda brasileira ganha 31,89%, o que a deixa na primeira posição do ranking global no período.

As informações são de Leandro Modé, do jornal O Estado de SP, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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