Fechamento 12:01 – 04/10/01
4 de outubro de 2001
Frigorífico gaúcho está prestes a exportar carne bovina para a Bélgica
8 de outubro de 2001

É preciso investir na manutenção do hábito de consumir carne bovina

No último comentário abordamos a queda do consumo, o baixo consumo médio e a possível diminuição do hábito de consumo de carne bovina no Brasil.

No último comentário abordamos a queda do consumo, o baixo consumo médio e a possível diminuição do hábito de consumo de carne bovina no Brasil. Terminamos nosso comentário dizendo que todos os componentes da cadeia produtiva da carne bovina teriam que se mobilizar rapidamente para encontrar meios de evitar essa possível perda de hábito de consumo antes que seja tarde demais.

Para a identificação de meios para desenvolver estratégias para manter e ou aumentar o hábito e o consumo de carne bovina existem algumas considerações básicas que precisam ser ditas.

Em primeiro lugar temos que acreditar e mostrar que a carne bovina, e outros subprodutos dos bovinos usados como alimentos, produzidos no Brasil, têm excelentes qualidades nutricionais e são totalmente livres de quaisquer tipos de resíduos e agentes que possam fazer mal à saúde. Além disso, mostrar que os ácidos graxos contidos na carne bovina têm a característica de manter ou até melhorar a proporção entre os chamados de bom (hdl) e de mau (ldl) colesterol..

Embora a contestação feita ao programa “Fantástico” tenha mostrado algum início de reação, ela ficou restrita praticamente aos componentes da cadeia da carne, sem atingir os consumidores em geral, inclusive os que assistiram o referido programa. A reportagem negativa do programa “Fantástico” pode e deve ser transformada em um trunfo, isto é, ser sempre lembrada como uma atitude gratuita de denegrir um produto comprovadamente com excelentes qualidades nutricionais sem nenhum efeito colateral nocivo à saúde. Para isso, além da divulgação bem feita do valor nutricional, campanhas publicitárias produzidas profissionalmente precisam ser feitas nos horários mais nobres nos meios de comunicação oral e, em jornais, revistas e outdoors, mostrando jovens saudáveis, especialmente atletas e artistas de telenovelas, saboreando e falando das qualidades da carne bovina.

Em segundo lugar, temos que propiciar às crianças e jovens das camadas da população com menor poder aquisitivo a oportunidade de consumir, além de outros produtos de origem animal, carne e outros tecidos bovinos de alto valor nutricional, absolutamente necessários para seu desenvolvimento mental e físico. Para isso, a cadeia da carne bovina tem que interagir com as autoridades e representantes de escolas, para incluir na merenda cortes de alto valor nutritivo, mas menos valorizados por problemas de hábito de consumo, a preços especialmente convidativos.

Finalmente, a cadeia da carne bovina precisa de dinamismo no sentido de desenvolver e de promover cortes e produtos de fácil preparo e produtos de consumo direto derivados da carne e de outros produtos dos bovinos para atender às exigências dos hábitos de vida dos tempos modernos dos consumidores de maior poder aquisitivo.

Devemos reconhecer que alguns passos foram dados nas direções indicadas nesse comentário, mas que sem dúvida estamos muito aquém das necessidades de divulgação que a carne bovina precisa e merece como alimento fornecedor de nutrientes de alto valor biológico.

0 Comments

  1. Marcelo Queiroz disse:

    Assim como a UDR mobilizou a classe em momento oportuno, hoje a classe precisa voltar a se unir por apelos incessantes junto aos sindicatos rurais e demais seguimentos ligados ao setor.

    O assunto é importate, oportuno e tem que ser levado para frente. Parcerias precisam ser trabalhadas: indústria, produtor, CNA, Fundepec.

    Como começar?