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Édio Sander, da Aliança de Guarapuava/PR: desafios para o sucesso de uma aliança mercadológica

Édio Sander é diretor-comercial da Consultoria e Controladoria em Agribusiness, empresa que administra a Aliança Mercadológica Novilho Precoce, de Guarapuava/PR, da qual também participa como produtor. A Aliança começou em 1998, quando os primeiros produtores participantes iniciaram a venda de forma mais organizada, iniciando um processo de adaptação. Em 2000, a relação entre produtores, frigorífico e varejistas foi formalizada, sendo o marco da fundação da Aliança Mercadológica.


Édio Sander é formado em contabilidade e atua basicamente na área de consultoria para empresas agropecuárias. Além da contabilidade, Sander é proprietário rural e diretor-comercial da Consultoria e Controladoria em Agribusiness, empresa que administra a Aliança Mercadológica Novilho Precoce, de Guarapuava/PR, da qual também participa como produtor.

Os trabalhos da Aliança tiveram início em 1998, quando os primeiros produtores participantes se reuniram para realizar a venda de forma mais organizada, iniciando um processo de adaptação. Em 2000, a relação entre produtores, frigorífico e varejistas foi formalizada, sendo o marco da fundação da Aliança Mercadológica.

Em entrevista ao BeefPoint, Édio Sander fala sobre a formação e a administração da Aliança Mercadológica Novilho Precoce, e sobre os desafios para o sucesso desse arranjo de mercado.

BeefPoint: Qual o volume de animais abatidos mensalmente na aliança? Qual o peso médio, idade, raça e cobertura de gordura, e o percentual de classificação, em relação ao total de animais abatidos?

Édio Sander: Até pouco a aliança era composta por 13 produtores. Agora, com uma parceira que fizemos recentemente com o Frigorífico Mercosul, que tem uma unidade em Maringá/PR, nos ampliamos para 18 produtores. Eu diria que toda a produção desses 18 produtores é vendida dentro da aliança, hoje na faixa de 120 animais por semana.

Todos são abatidos dentro do padrão da aliança: precoces, animais dente-de-leite (0 dentes), com cobertura de gordura mínima de 3 mm e máxima de 10 mm e peso mínimo de 15@. O peso médio varia entre 17 e 20@ para os machos. Não temos uma preferência por raça, pois a maioria do produtores da aliança são fundamentalmente terminadores, por isso compra animais no mercado.

Quanto ao percentual de classificação, para não dizer que dá 100%, pois às vezes aparece algum animal que não tipifica, diria que 99% se enquadra nos padrões exigidos.

Com essa parceira que fizemos com o Frigorífico Mercosul, temos mais flexibilidade, porque o frigorífico não é tão exigente quanto à qualidade, nesses padrões. O frigorífico aceita animais de até dois dentes, sendo a espessura de gordura, é também de no mínimo 3mm. O Mercosul, praticamente, paga algo semelhante para a aliança que o varejo, e os preços foram negociados conjuntamente.

BeefPoint: Quais são os canais de distribuição utilizados para vender a carne no varejo? Qual a região geográfica atendida?

Édio Sander: Há preferência por supermercados de médio porte. Não trabalhamos com redes, nem com o pequeno varejo. As grandes redes querem preço, eles não vêem qualidade. Quanto mais maquiagem essas redes conseguem colocar na gôndola, mais eles atraem o cliente. O médio varejista, já é diferente, ele consegue fidelizar o cliente com um produto diferenciado. A nossa carne entra como um produto diferenciado em sua loja, lembrando que é raro encontrar carne com boa qualidade e com regularidade.

Quanto à distribuição geográfica, também procuramos trabalhar com cidades de médio porte. Em grandes cidades, o mercado de carne é muito “prostituído”. Muitas vezes os frigoríficos estão com as câmaras abarrotadas de produtos e precisam desová-los. Se tem algum frigorífico que quer fazer uma oferta, uma queima de produtos, faz onde? Em grandes cidades. Por isso você não consegue concorrer nessas cidades.

Ao realizar a distribuição, deve ser viável, antes de tudo. Guarapuava fica na região centro-sul do estado do Paraná. Realizamos a distribuição na nossa região, temos uma linha que vai até Londrina, e outra linha para o oeste do PR, que vai até Mal. Cândido Rondon. E o oeste do PR é muito tradicional no consumo de churrasco, por haver descendentes de gaúchos, sendo uma região muito boa para se explorar com carne diferenciada para churrasco.

Então, você não pode atender um cliente que está fora dessa linha. Ponta Grossa, por exemplo, está fora de linha, nos não podemos atender um cliente nessa cidade.

BeefPoint: Como é o sistema de pagamento pelos animais dentro das especificações? Você consegue mensurar o resultado financeiro em relação aos preços de mercado praticados na região da produção e em relação aos animais que não se encaixam no programa?

Édio Sander: Tem aspectos que são mensuráves e outros não. Podemos falar em ganhos para o produtor: primeiro é possível medir o rendimento de carcaça dentro da aliança, que chega a 3%, na média, acima do que se consegue num frigorífico. Hoje, o rendimento gira em torno de 56% para machos e, para fêmeas, em torno de 53%. Segundo, há a bonificação que recebemos, que é de 12,5% para machos e preço de boi mais 7,5% para fêmeas. Hoje nós recebemos, líqüido, cerca de 5% acima do valor de mercado da arroba, pois temos que descontar os custos da Aliança, como os administrativos.

Essas são vantagens mensuráveis, mas temos vantagens dentro das propriedades, depois que começamos a trabalhar dentro do sistema da aliança, como produtividade e fluxo de caixa mais distribuído.

Veja bem, eu tenho a escala definida por contratos, tenho o dia do embarque, o caminhão chega lá e carrega. Eu não tenho opção de “quero vender ou não quero vender”, não posso nem perguntar o preço.

BeefPoint: Há, na aliança, algum tipo de treinamento ou trabalho conjunto entre os participantes para o aprimoramento da produção?

Édio Sander: Isso já foi feito, desde os primeiros anos, mas hoje já está andando, a lição de casa já está feita. Nós temos vários dias de campo, treinamentos, comparativos entre um produtor e outro.

Mas hoje o produtor se sente responsável pelo que produz. Na gôndola do supermercado que atendemos, que é parceiro nosso, ele se sente responsável pela carne que está sendo vendida. O nome dele está exposto, junto a todas as informações no romaneio da venda, toda a rastreabilidade dos animais. Então, quem está sendo julgado pela qualidade da carne não é somente o dono do supermercado, também é o produtor.

BeefPoint: Como funciona a relação produtor-frigorífico-varejo? Quais as principais dificuldades?

Édio Sander: Se você olhar um esquema da cadeia, cada elo têm a sua função. Nossa função, como produtores, é produzir a qualidade dentro daqueles padrões estabelecidos. A função do frigorífico é fazer o abate, dentro das normas que foram definidas, e o resfriamento. O frigorífico é um prestador de serviços. Ele recebe os animais nos currais, faz o abate e o resfriamento. Os caminhões refrigerados da aliança carregam as carcaças e cabe a nós fazer a distribuição.

Aos varejistas, que são parceiros da aliança, cabe a desossa e a venda, e pagar corretamente. O varejista paga diretamente ao produtor. O animal que eventualmente não é classificado, é vendido para fora dos parceiros da aliança.

O principal problema, inicialmente, era com os próprios produtores, até atingir um nível de qualidade. Primeiramente, entender: o que é qualidade? O segundo problema é com o frigorífico, realizar o abate dentro das normas, um abate de qualidade. Depois da distribuição, a regularidade na distribuição, no atendimento, e o varejista foi se adaptando, e o consumidor, agradecendo.

O varejo tem que entender as necessidades do consumidor. Cada consumidor tem o seu hábito, e o varejista tem que se adaptar a isso. Não adianta criar regras contra os hábitos, e cada região tem um hábito diferente. Há regiões que vendem carne embalada a vácuo, outras que vendem na bandeja, outras no corte. Não adianta querer vender carne embalada a vácuo se o cliente quer comprar no corte.

BeefPoint: Desde o lançamento da aliança, quais as principais dificuldades enfrentadas?

Édio Sander: Primeiro, entender o que é e como se faz qualidade foi o maior problema. E descobrimos que qualidade de carne bovina, basicamente, é maciez. E maciez o que é? Idade de abate. Então, estamos abatendo nossos animais entre 13 e 15 meses para atender ao requisito de maciez. Depois, acabamento: a cobertura mínima de gordura na carcaça tem várias funções. Resumindo, idade para conferir maciez, e cobertura de gordura, para conferir aparência.

BeefPoint: Várias alianças mercadológicas fracassaram. Quais os fatores considerados como fundamentais/imprescindíveis para o sucesso de uma aliança mercadológica?

Édio Sander: O principal desafio é o produtor, o pecuarista. Acertar a cabeça dele. Aprender trabalhar em grupo, com espírito cooperativo, associativo e disposto a atender às exigências do mercado. Esse é o principal desafio, o produtor se adaptar a trabalhar no sistema de aliança não é fácil.

Todo pecuarista acha que tem o melhor boi do mundo, só que ele não tem a mínima noção do conceito do que é qualidade. O boi dele é o melhor porque tem 7 anos e 30 arrobas. E quando o mercado não quer comprar essa carne, como faz? Compra, mas não paga o preço que ele espera.

Hoje, no nosso conceito e para o nosso mercado, qualidade é um animal na faixa de 13 a 15 meses de idade, pesando de 17 a 20 arrobas, com uma cobertura de 4 a 6mm. E esse produto vai para o mercado, pode ter certeza que você atendeu o seu cliente. No nosso resumo, qualidade é isso aí, agora, pode ser que amanhã ou depois eu vá para Curitiba, tem um cliente que quer padrões diferentes. Pode até ser. Mas hoje, dentro dos padrões da aliança, qualidade é isto, animais jovens, de 13 a 15 meses, pesando de 270 a 300 kg, e uma cobertura de 4 a 6 mm. Isto é um animal que pode definir, conceituar, o que é qualidade.

Há alguns mercados que só pedem fêmeas, que têm uma carcaça menor. Na novilha, o animal ideal tem a mesma idade e acabamento, com peso entre 200 a 240 quilos. Temos alguns clientes que preferem carcaças nesse padrão.

BeefPoint: Quais são os cortes de maior demanda? Quais são as dificuldades na agregação de valor dos cortes de menor preferência e o que é feito para aumentar sua demanda? Pela experiência da aliança, quais são os atributos da carne realmente valorizados pelo consumidor?

Édio Sander: Depende um pouco da época. Agora, que é de final de ano e todos querem fazer churrasco, vai muito filé, contra-filé, alcatra, costela. Mas, quando você tem uma carcaça jovem, nesses padrões, até a carne de dianteiro é bem consumida. Pois sempre há consumidores que não têm condições para comprar uma carne a R$ 7,00 ou R$ 9,00 /Kg, então preferem uma carne de R$ 5,00.

Nós produtores vendemos a carcaça inteira, nossa função é produzir carne de qualidade. A desossa é responsabilidade do varejista, e cabe a eles trabalhar seus cortes de acordo com a sua clientela.

BeefPoint: Em relação à outras ofertas de carne na região em que atuam, todos os cortes têm o mesmo diferencial de preço, ou varia de corte para corte?

Édio Sander: Lógico que existe diferença, de qualidade, na hora de pagar o produtor, então o varejista coloca um diferencial. Mas isso é muito relativo, depende da região. O varejista que vende só a nossa carne, não tem como ver a diferença. Nos mercados que vendem tanto a nossa carne, quanto carne de diferentes procedências, ele faz seu mix de preços e de produtos, e cada varejista define a sua política de preços.

O que sabemos é que todos os nossos parceiros, que vendem a nossa carne, nos últimos três anos dobraram seu faturamento. Eu tenho que ver este comportamento, o crescimento dos nossos parceiros. Se eu tenho parceria com um mercado de uma cidade próxima a nós, uma cidade com 18 a 20 mil habitantes, e esse parceiro nos últimos 5 anos aumentou de uma para duas lojas, domina o mercado da cidade, eu tenho que entender que ele está indo bem com o nosso produto. Essa é a leitura que fazemos. Agora, no momento em que vejo que um parceiro nosso não cresce, está em dificuldade, então alguma coisa não está certa. Pode não ser por causa da carne, mas essa experiência nós não temos.

BeefPoint: Qual foi o impacto da aftosa no PR no trabalho da Aliança de Guarapuava?

Édio Sander: Para o estado do Paraná, foi uma tragédia. No Paraná nunca houve aftosa, de todos aqueles exames que foram feitos, agora é definitivo, que realmente não existia aftosa no Paraná.

Mas todo esse período, de outubro do ano passado até setembro desse ano, quando os preços resolveram subir de novo, tivemos um reconhecimento por parte do mercado, nós não acompanhamos a baixa dos preços. O nosso parceiro varejista nos pagou um preço que ainda pudéssemos continuar produzindo.

BeefPoint: Há novidades planejadas para 2007 na aliança?

Édio Sander: Inicialmente, está todo mundo em meio a essa dúvida, essa incerteza, ninguém faz muitos planos. Você vai re-investindo, mantendo o que tem, para não andar para trás, pois a maioria está regredindo. Então, estamos nos mantendo ali, agora, fazer grandes planos, investimentos, ampliações, eu não teria coragem.

BeefPoint: Há interesse em ampliar o número de animais abatidos pela aliança? Quais são os desafios para essa expansão?

Édio Sander: Para a ampliação do projeto, o principal desafio hoje é a instabilidade do mercado, esse é o grande problema. Não é possível prever o que vai acontecer amanhã, infelizmente. E quem afirmar o que vai acontecer nesse Brasil amanhã, está muito mal-informado.

Hoje, qualquer investimento que faço, é meio no escuro. Você não sabe sequer se vai estar no mercado daqui a 6 meses, e se vai ter condições de produzir. Mas, de qualquer forma, com essa parceira que fizemos com o Frigorífico Mercosul, a aliança está crescendo.

17 Comments

  1. Bruno Lenci disse:

    Parabéns a Aliança de Guarapuava e ao Edio, sem dúvida são um grande referencial de como se produzir animais muito jovens e com muita qualidade.

    Bruno Lenci
    Aliança de União da Vitória, Pr
    BONNO NOVILHO PRECOCE

  2. edson valdemar guilherme disse:

    Sou pecuarista e médico, participo de cooperativa médica de trabalho, tenho alguma vivência com o cooperativismo e acredito que a pecuária não tem saída.

    É uma atividade complexa que tem que ser conduzida de forma empresarial e com investimentos em tecnologia, para conseguir o tão sonhado padrão de qualidade sanitária

    Após ter feito todo o dever de casa estamos com chapéu na mão, entregando nosso produto na mão de atravessadores que não têm o menor respeito pela cadeia produtiva.

    Onde impera o capitalismo selvagem e o comportamento criminoso.

    Do meu lado, já tentei sensibilizar um grupo para formarmos uma aliança, mas ainda não saiu do papel, infelizmente.

  3. Fabio Martins Guerra Nunes Dias disse:

    Parabens ao Sr. Edio,

    Entrevista magistral. Sem teoria, com toda a propriedade de quem pratica e entende o negócio da carne de ponta a ponta.

    Definiu com perfeição as responsabilidades de cada um na cadeia. Aos produtores um animal de qualidade, à indústria um abate de qualidade, ao varejo atender o cliente. A Aliança coordena. Simples assim…

    Destacou a dificuldade dos produtores perceberem o que é qualidade e a necessidade de obterem esse conceito junto ao varejo/cliente, e não dentro da fazenda.

    A prioridade para as cidades médias e ao varejo de porte médio é um verdadeiro “ovo de colombo”, precisamente justificada ao mencionar as grandes redes viciadas em preço e os consumidor cada vez mais fiel às redes médias.

    A definição de carcaça de ideal com 17 a 20 arrobas, 4 a 6 mm de acabamento e proveniente de um animal de 13 a 15 meses é um primor. Ainda que seja difícil produzí-la, está aí o alvo.

    Deixo duas perguntas ao companheiro Edio:

    – todos os produtores tem que vender todos os meses do ano ou existe alguma forma de compensação entre produtores que entregam em épocas alternadas?

    – existe algum trabalho feito com o couro?

    Obrigado,

    Fabio Dias
    ASSOCON – Associação Nacional dos Confinadores

  4. PASCOAL VICENTE DOS REIS disse:

    Edio, Parabéns!

    Nossa Aliança nasceu tomando com norte a aliança de vocês.

    Enfrentamos as mesmas dificuldades, porém estamos sempre comprometidos no crescimento de nossa organização.

    Sucesso.

    Pascoal Vicente dos Reis
    Caiuá Carnes Nobres – Aliança da Região de Umuarama-PR

  5. Eloísa Muxfeldt Arns disse:

    Excelente a entrevista com o (também!) produtor Edio da Aliança de Guarapuava.

    Demonstrou a mesma objetividade e clareza com que recebeu em 2004, um grupo de produtores do RS que foram conhecer esta experiência de associativismo de sucesso.

    Sem rodeios, destacando de forma objetiva as dificuldades e as vantagens de se trabalhar em parceria com os demais elos da cadeia e com seus pares.

    Serve de exemplo o profissionalismo com que é tratada a atividade.

    Parabéns e um ótimo 2007.

  6. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    Parabéns ao Sr. Édio e a todos os pecuaristas que acreditaram e fazem parte deste programa de aliança de Guarapuava.

    São atitudes como esta, que quando bem conduzidas fazem com que o produtor acredite em um programa que possa remunerá-lo melhor e investe para participar.

    Parabéns também porque o conceito de todo o projeto é a qualidade, e a partir dela é que advém os benefícios.

    Este programa prova que parcerias entre produtores/indústria/varejo que visem a satisfação do cliente final (consumidor), podem significar ganhos para toda a cadeia e se refletem em uma excelente alternativa.

  7. Daniel Feijó Biluca disse:

    Parabéns Sr. Édio pela excelente entrevista!

    Suas experiências são a verdadeira realidade da associação de pecuaristas e vão de encontro com a que temos na Conexão Delta G Norte.

    Unir pecuaristas, atender as exigências de um consumidor que está distante e negociar com os frigoríficos que ainda tem uma cultura que não prioriza a boa relação entre a cadeia produtiva; realmente são desafios dos grandes.

    Acredito que ações como a de vocês e de outras associações, é início de novos tempos. Temos que ser persistentes e trabalhar com profissionalismo, exatamente como o exemplo de vocês.

    Precisamos também de mais união e divulgação do trabalho, para passo a passo atingir nossos objetivos.

    Daniel Biluca
    Executivo Conexão Delta G Norte

  8. Emilio Moacyr Zanetti Junior disse:

    Muito interessante esta reportagem. Gostaria de salientar a visão regionalista de mercado do grupo muito bem informado, sabendo que não adianta ser grande para competir com eles.

    O interessante é se colocar em seu espaço sem precisar acompanhar o mercado nacional, atingindo uma pequena parcela de consumidores com poder aquisitivo para este tipo de produto.

  9. Jose Augusto de Camargo disse:

    Este programa é excelente, pois sou produtor em Guaraniaçú e sempre que tenho animais para vender é um problema de preço, peso, etc…

    Parabéns a esses heróis produtores unidos…

  10. Jose Roberto Busto Libardi disse:

    Parabens pela iniciativa, que num futuro bem próximo pelo menos a maiorida dos pecuaristas deverão seguir.

    Eu faria um comentário para agregar mais valor: utilização de semen da raça Rubia Galega, com o qual em Nelore o bezerro se termina em confinamento com idade de 12 a 15 meses.

  11. Marcio Sena Pinto disse:

    Sr. Edio Sander,

    Parabéns pela iniciativa e persistência de vocês, acredito que o caminho para uma melhor remuneração é justamente este de buscar maior faturamento através de maior giro (Produção) com margem um pouco melhor.

    Restaram algumas dúvidas quanto ao pagamento ao pecuarista: quem lhe faz o pagamento é o varejo? Qual o prazo para o pagamento (quantos dias após o abate)? O pagamento é feito através da aliança? A nota fiscal e a responsabilidade pelo pagamento é da rede varejista que recebe sua carcaça?

    Há emissão de nota fiscal do produtor ou da aliança para o varejo, como está embasada e registrada a operação comercial, fiscal e financeira?

    Saudações,

    Márcio Sena Pinto
    Engenheiro Agrônomo
    Produtor rural em Goiás
    Presidente da Comissão de Pecuária de Corte da FAEG

  12. Nagato Nakashima disse:

    Parabéns Sr. Édio,

    Uma grande conquista, mas para melhorar é preciso entender que o boi é uma matéria prima múltipla de: alimentos, roupas e calçados, medicamentos, artesanatos, ferramentas, combustível, materiais de limpeza, etc….

    Enquanto pensar que vender boi é vender arroba de carne o pecuarista fica no prejuízo.

    Modelo da cadeia produtiva da pecuária atual precisa de reformulação todos sabem disso, mas não sabem como. O senhor é um pioneiro que está dando certo. Vá em frente desejo bastante sucesso.

    Desde 1992 que grito que o sistema está errado e deixei de ser pecuarista porque no negócio o que não vale é perder.

  13. Mario Wolf Filho disse:

    Excelente entrevista, é o caminho para tornar viável nossa atividade.

  14. Edward Zackm disse:

    Como sempre, o Sr Édio esclarece com objetividade o funcionamento da Aliança, tornando transparente os direitos e deveres de cada elo da corrente, salientando que é o mercado que puxa esta corrente e não o contrário, ou seja, produzir aquilo que terá consumidor, satisfeito e fiel.

    Acredito que o grande trunfo da Aliança sempre foi e será a UNIÃO entre os associados, onde todos se beneficiam e contribuem para o sucesso. Enquanto não houver esta cumplicidade do setor produtivo (pecuaristas), as indústrias (frigoríficos) continuarão a ditar as regras do jogo.

    Além da união, indispensável que haja o elemento catalisador, neste caso, uma administração competente da empresa citada.

    Parabéns ao BeefPoint pela iniciativa e parabéns ao Édio e à Aliança pelo belíssimo exemplo.

  15. Antonio Batista Sancevero disse:

    Parabéns Édio e a Aliança,

    Sou um pequeno terminador de bois em Ortigueira e, gostaria de saber se haveria possibilidade de discutirmos uma possível parceria com a Aliança Mercadológica Novilho Precoce, de Guarapuava/PR.

  16. João Cezar de Souza Gay disse:

    Também como produtor de carne que sou e participante do Cite 73 que através da Federacite, tive a oportunidade de conhecer esta magnífica parceria mercadológica realizada por voces, venho pessoalmente parabenizá-lo pelo excelente trabalho realizado aí em Garapuava.

    Aqui estamos tentando implantar algo parecido com o apoio do Sebrae e para que isso que vocês implantaram aí no Paraná se concretize aqui no extremo sul, o sucesso de voces é fundamental para nós.

    Um feliz 2007 e que muitas alianças surjam pelo Brasil afora!

  17. Ronaldo Prata disse:

    Tudo de bom nesta matéria, mas o Sr. Édio parece estar desestimulado quando se refere a novos investimentos, tecnologia. Parece que se chegou a um ponto muito importante que foi a união dos produtores com um único objetivo que é a qualidade da carne bovina para um consumidor mais exigente e preocupado com seu bem estar.

    Este estágio que se encontra a Aliança deve servir como um grande incentivo para se pensar em expandir cada vez mais esta idéia, porque ficar na mão do frigorífico com certeza está muito pior.

    Enquanto não houver uma união organizada em massa dos produtores em nível nacional e pontuar as mudanças que sejam favoráveis aos dois lados, com certeza ficaremos desestimulados e volúveis a incertezas do mercado.

    Grato