A Comissão Européia manteve o Brasil no nível 1 (risco desprezível) de contágio da encelopatia espongiforme bovina (ESB), mais conhecida como doença da “vaca louca”, ao fazer a reclassificação dos países que exportam carne bovina para a União Européia. A informação foi comunicada sexta-feira (11) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pela missão brasileira na Comissão Européia, em Bruxelas.
“Se antes já tínhamos o passaporte para exportar nossas carnes àquele mercado, agora ganhamos o visto definitivo para o ingresso da bovinocultura brasileira na União Européia”, comemorou o ministro Roberto Rodrigues, ao ser informado da decisão. Numa escala de 1 a 4, ressaltou, o Brasil ficou na posição de risco quase inexistente. Para ele, isso contribuirá para aumentar as exportações do setor para o bloco econômico europeu.
A decisão da Comissão Européia foi tomada com base no novo regulamento sanitário do bloco econômico, que visa aproximar a legislação européia dos padrões da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). No mês passado, uma missão brasileira esteve na comissão apresentando um relatório com as ações sanitárias desenvolvidas pelo Brasil para manter seu rebanho de 170 milhões de cabeças livre da “vaca louca”, jamais registrada no território nacional.
No ano passado, as exportações brasileiras de carne bovina somaram US$ 1,15 bilhão. Do total, US$ 517 milhões foram embarcados para a União Européia, o que representou 44,8% de todas as vendas externas do setor. No primeiro trimestre de 2003 o país exportou US$ 341 milhões (crescimento de 24,4%), sendo US$ 133,5 milhões para a UE.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adaptado por Equipe BeefPoint