O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (Usda) pretende encerrar até maio ou junho de 2005 seu programa de vigilância e detecção da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como doença da “vaca louca”, com o qual visa avaliar a disseminação da doença entre o rebanho bovino do país, informou um funcionário do departamento.
O administrador do Serviço de Inspeção de Zoonoses e Saúde das Plantas do Usda, Ron DeHaven, disse que espera que 268 mil cabeças de gado, o número estabelecido como meta pelo departamento, tenham sido examinadas. O programa foi anunciado pelo Usda em 1o de junho de 2004.
Atualmente, o serviço realiza testes em mais de oito mil bovinos por semana para determinar se foram contagiados pela doença da “vaca louca”. Até 19 de dezembro, 152.984 animais foram testados. Nenhum dos animais examinados estava doente, informa o Usda.
Em março, DeHaven, na época vice-administrador do Serviço de Inspeção, disse que nos EUA estimava-se que 446 mil animais estavam incluídos na “população de alto risco” visada pelo Usda para a realização destes testes e que, se o departamento conseguisse avaliar 268 mil destes animais, teria 99% de certeza de que descobriria um animal positivo em dez milhões se ele existisse.
Os Estados Unidos, dono de um dos maiores rebanhos de bovino do mundo, abatem anualmente cerca de 35 milhões de cabeças de gado. O primeiro caso de “vaca louca” foi descoberto em território americano em dezembro de 2003. Desde então, inúmeros países suspenderam as importações de carne dos EUA.
O frigorífico americano Creekstone Farms, do Kansas, demitiu 150 funcionários e está reduzindo a produção de seu abatedouro em razão da queda das exportações de carne para o Japão. O Japão era seu maior cliente e suspendeu as compras em razão do caso de “vaca louca”. O frigorífico alega que está proibido pelos órgãos reguladores do governo de testar todo o seu gado bovino contra a EEB.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint