O setor de carne bovina dos Estados Unidos teme sofrer novos prejuízos depois da confirmação de um segundo caso de “vaca louca”. Taiwan, um dos mercados mais importantes de exportação, que se mostrou reticente a reiniciar suas compras de carne americana depois do primeiro caso em dezembro de 2003, anunciou a suspensão de suas importações.
Em março, o país asiático havia suspendido parcialmente um embargo que pesava sobre a carne americana, imposto em dezembro de 2003, permitindo apenas, sob determinadas condições, a entrada de carne proveniente de animais adultos de 30 meses no máximo.
Os Estados Unidos eram o terceiro maior provedor de carne de Taiwan, para o qual vendeu 19.225 toneladas em 2003 a um valor de US$ 76,5 milhões, antes do primeiro embargo.
O secretário de Agricultura, Mike Johanns, explicou que o animal enfermo havia nascido antes de agosto de 1997, data da proibição da utilização de farinhas animais na alimentação dos bovinos, e garantiu que sua carne não entrou na cadeia alimentar nos Estados Unidos.
De qualquer forma, a maioria dos americanos não poderá ser convencida de não consumir mais carne, comentou Troy Vetterkind, analista da empresa E. Hedger em Chicago. A maior preocupação é saber se o segundo caso da doença retardará a suspensão do embargo que afeta a carne americana em vários mercados importantes, como o Japão.
A cotação da carne no mercado em Chicago registrou queda depois do anúncio oficial de um caso suspeito de “vaca louca” nos Estados Unidos. Troy Vetterkind prevê uma queda na cotação da carne a partir de hoje. “Acredito que um retrocesso de 150 a 300 pontos (1,5 a 3%) é bastante possível”, considerou.
Fonte: O Estado de Minas/Superávit, adaptado por Equipe BeefPoint