Quase três meses depois da queda do governo Hosni Mubarak, o Egito ainda é um lugar incerto para negócios. A economia deve sofrer forte desaceleração este ano, o que deverá forçar muitas companhias a rever suas perspectivas de ganhos. Apesar dos problemas, a JBS, que mantém um centro de distribuição na Grande Cairo e outro em Alexandria, diz que durante o pico da crise as vendas de carne caíram por dificuldades de transporte. Mas que o ritmo voltou ao normal cerca de dez dias depois de o governo militar assumir.
Quase três meses depois da queda do governo Hosni Mubarak, o Egito ainda é um lugar incerto para negócios. A economia deve sofrer forte desaceleração este ano, o que deverá forçar muitas companhias a rever suas perspectivas de ganhos. Duas grandes empresas brasileiras que operam no país, Marcopolo e Randon, trabalham em ritmo mais lento que o esperado.
“Não sabemos se a economia do país volta a se acelerar, se fica parada, se volta no segundo semestre ou depois”, disse ontem o diretor excecutivo da Randon, Norberto Fabris.
Muito melhor, no entanto, tem sido o cenário para outra multinacional brasileira presente no Egito. A JBS, que mantém um centro de distribuição na Grande Cairo e outro em Alexandria, diz que durante o pico da crise as vendas de carne caíram por dificuldades de transporte. Mas que o ritmo voltou ao normal cerca de dez dias depois de o governo militar assumir. A carne brasileira enfrenta a concorrência da carne de búfalo vinda da Índia.
Mas, segundo Rada Alberto Saleh, do setor de exportações da empresa, os militares passaram a exigir fiscalização sanitária mais rigorosa. Isso, diz, piorou a vida dos indianos e está beneficiando a JBS e outros exportadores brasileiros. A JBS fornece carne para as Forças Armadas por meio de um contrato iniciado ainda na era Mubarak.
A matéria é de Marcos de Moura e Souza, publicada no Valor Econômico, resuimda e adaptada pela Equipe BeefPoint.