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Em parceria com Mapa, BeefPoint cria Fórum para discutir Sisbov

O BeefPoint vem desde seu lançamento, em 2000, discutindo o tema rastreabilidade e sua implementação no Brasil. Nesse período, buscamos trazer diversas opiniões de diferentes elos da cadeia da carne. No sentido de melhorar o entendimento do sistema e estimular a discussão sobre a rastreabilidade, o BeefPoint fez uma parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para esclarecer dúvidas sobre a implantação do novo Sisbov no Brasil.

O BeefPoint vem desde seu lançamento, em 2000, discutindo o tema rastreabilidade e sua implementação no Brasil. Nesse período buscamos trazer diversas opiniões de diferentes elos da cadeia da carne e também apresentar o trabalho que vem sendo desenvolvido em outros países, seus acertos e suas dificuldades.

No sentido de melhorar o entendimento do sistema e estimular a discussão sobre a rastreabilidade, o BeefPoint fez uma parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para esclarecer dúvidas sobre a implantação do novo Sisbov no Brasil.

Este Fórum será um espaço onde os usuários do BeefPoint poderão encaminhar suas perguntas sobre o Sisbov, que serão encaminhadas ao Ministério e serão publicadas três respostas por semana.

Para enviar sua pergunta clique aqui e preencha o formulário.

0 Comments

  1. José Leonardo Montes disse:

    Parabéns BeefPoint, assim vocês conseguirão que as alternativas de melhoria da nossa produtividade sejam discutidas por pessoas envolvidas na área e não somente por interesseiros, que acham que são os donos da verdade.

  2. Rodrigo Belintani Swain disse:

    Muito boa esta iniciativa, pois não tem como fazer o Sisbov se pecuaristas não participarem de sua elaboração.

    Por minha parte, digo que não devemos separar nossa produção por causa da União Européia. Temos que padronizar ao máximo e ter um produto de qualidade, que vai tanto para Europa e tanto para os outros 180 paises que ja compram a carne brasileira.

    A segurança da origem animal deve ter a extinção dos brincos e aderir marca a fogo, por economia e facilidade, comprovante da compra de vacina e da vacinação, nota fiscal do produtor, GTA (guia de transporte animal), nota do frigorifico comprador e do frigorifico para frente, SIF, etc.

  3. Alberto Magno de Assis disse:

    Vamos ver se agora o terceiro pacote sobre rastreabilidade bovina e bubalina consegue realmente padronizar e facilitar a vida do pecuarista, de maneira que ele possa vender seu produto para o mercado interno, União Européia e tantos outros paises. Pois uma coisa é certa, nosso bovino e bubalino produz uma carne de ótima qualidade para ser consumida em qualquer parte do mundo.

  4. José Leonardo Montes disse:

    caros amigos do BeefPoint, vejo anuncios que a sub comissão de agricultura da camara dos deputados aprovou um novo modelo de rastreabilidade e acabaram com o sisbov.

    Assim foi anunciado, inclusive o grande Abelardo Lupion, nobre deputado do Paraná e grande criador da raça nelore, que por si só mantem uma genetica e uma marca de fama que foi conseguida com uso de uma certificação, vem de publico como relator dizer que acabaram a farra dos brincos, concordo deputado pois a 5 anos atras vocês mesmos da bancada ruralista criaram a farra da caminhonete no FCO, e tudo que se cria no congresso vocês mesmo tratam de acabar, o que foi investido será jogado fora e o sisbov é uma alternativa para agregar valor ao produto ou seja carne, mais do que vale se vocês ganham dinheiro do modo que não seja produzindo, isso BeefPoint vocês conseguirão com este forum. Ou o mapa se pronuncia e coloca um ponto final neste embate ou será dificil nos voltarmos a exportar para a Europa e cumprir a cota hilton, para que nossos vizinhos estão doidos por ela.

  5. juliano paim borges disse:

    Opinião, todo mundo tem! Agora a rastreabilidade somente vai ser levada a sério, o dia que virar uma lei obrigatória para todos os pecuaristas que quiserem ter um valor agregado ao seu produto. De outra forma, podem acabar com o sisbov e criarem outro sistema que não vai dar certo, como não deu até agora. Outro ponto importante é a campanha contra rastreabilidade pela maioria dos pecuaristas que estão fora e torcem contra aqueles que estão no SISBOV, aqui na minha região isso é fato, começando por presidentes de sindicatos rurais e produtores em geral.

  6. Janete Zerwes disse:

    Mais uma vez a iniciativa da Beefpoint oferece oportunidade para os produtores se articularem e discutirem temas relativos aos fatores que interferem positiva ou negativamente na produção e comercialização da carne como é o caso do Rastreamento.

    Pelos comentários postados no espaço do “Fórum para discutir o SISBOV”, fica evidente que os produtores brasileiros reconhecem no Rastreamento um fator de agregação de valor para a carne bovina.

    No mesmo momento, no Beefpoint, no Espaço Aberto, sob o título: SISBOV: um mundo a parte, podemos ler a declaração de um produtor muito bem qualificado, Miguel José Thomé Menezes – Engenheiro agrônomo e mestre em ciência animal e pastagens pela Universidade de São Paulo – dizendo que os dados sobre o rastreamento dos animais da sua propriedade, que deveriam ter sido encaminhados para o MAPA pela Certificadora, praticamente sumiram.

    Outra manchete no site da Beefpoint: “No estado do Paraná os embarques estão suspensos por falta de rastreamento”.

    Esses fatos nos remetem novamente à necessidade do produtor entender melhor o sistema SISBOV, o Rastreamento, desde suas raízes até os efeitos dos embargos que nos causam tantos prejuízos:

    Segurança Alimentar – Acordos com a OMC – Estratégias globais de elevada aceitação sobre segurança alimentar, que prevê o acompanhamento do alimento desde a fazenda até a mesa do consumidor, entre outras questões.

    A base da criação do SISBOV, e da obrigatoriedade do rastreamento do rebanho brasileiro, está apoiada em normas adotadas pela Autoridade Alimentar européia e exposta no Regulamento (CE) nº178/2002 de 28 de janeiro de 2002, o qual determina os princípios e as normas gerais da legislação garantidora da segurança alimentar e a criação da Autoridade Européia para a Segurança dos Alimentos.

    Resumindo, a Diretiva 178:
    • Cria normas para garantir a segurança alimentar humana e/ou animal.
    • Estabelece a forma de controle da origem dos alimentos (rastreamento).
    • Cria sistema de controle de gestão de riscos.
    • Estabelece critérios para facilitar a mediação de impasses ou entraves desnecessários criados pelo sistema de controle.
    • Estabelece a necessidade do sistema de controle se apoiar em bases científicas e técnicas.
    • Considera a clareza científica e a comunicação por parte das Autoridades sobre os riscos alimentares identificados, como fundamental para o estabelecimento de uma relação de confiança entre a “Autoridade Alimentar” e o consumidor.
    • Estende o “Sistema” aos contratos estabelecidos entre os Estados Membros da OMC que podem se reservar o direito de aceitar e/ou negociar essas regras.

    Para garantir a procedência da carne brasileira destinada à exportação para a EU , e “tentar” cumprir as obrigações contratuais assumidas, o MAPA adotou um sistema complexo de rastreamento similar ao usado pelos países membros da UE, o SISBOV – não considerou nossas características geográficas e culturais, foi mal operacionalizado, mal informatizado, pouco articulado e acabou configurando-se de baixíssima confiabilidade (vide o que aconteceu com as Certificadoras credenciadas pelo Governo que em prejuízo para os produtores que implantaram corretamente o sistema de rastreamento nas propriedades, chegaram ao ponto de certificar bois dentro dos frigoríficos).

    Não houve, por parte do MAPA, antes da aceitação pura e simples das regras contratuais européias, a necessária consulta prévia, ampla sobre:

    • Segurança e Legislação alimentar brasileira;
    • Estrutura fiscalizadora do Estado;
    • Disponibilidade científica e técnica para condução do processo de implantação do Sistema (SISBOV);
    • Tempo e recursos necessários para a adequação do produtor.

    Não foram ouvidas as sugestões do setor produtivo sobre a operacionalização do sistema SISBOV da fazenda até os bancos de dados do MAPA.

    Provavelmente se tivesse sido proposta uma ação verdadeiramente conjunta para o Rastreamento, que permitisse o sistema ser implantado de baixo para cima, teríamos encontrado meios mais didáticos e econômicos para tanto, com toda certeza, teríamos obtido maior comprometimento por parte do setor produtivo e consequentemente maior eficiência para o processo.

    O MAPA ao tentar implantar o sistema SISBOV, de cima para baixo e pouco embasado tecnicamente,
    não conseguiu articular corretamente: Pecuaristas, Certificadoras, Frigoríficos e UE.

    Agora precisamos retomar a discussão sobre o Rastreamento de maneira participativa, governo/setor produtivo/certificadoras e técnicos. E, buscar maior embasamento científico para resolver de vez a questão de Segurança Alimentar.

    Precisamos evitar sobretudo, que a falta de credibilidade de nosso Sistema de Rastreamento, sirva aos interesses comerciais protecionistas de nossos concorrentes.

    Janete Zerwes
    Comissão de Produtoras Rurais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso