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Emater: situação da pecuária gaúcha ainda é ruim

Como as pastagens nativas estão atrasadas para esta época do ano, ainda se observa gado magro nos campos. Mesmo assim, no geral, a parição segue transcorrendo normalmente.

O clima entre os pecuaristas é de desânimo frente ao preço do boi que não pára de cair, dando a impressão de que ainda não chegou ao fundo do poço. No entanto, no centro do país, os preços do gado estão reagindo acentuadamente e essa elevação se deve a diminuição da oferta. As escalas dos frigoríficos, que beiravam os 15 dias, caíram rapidamente para 3 dias. As informações dos analistas de mercado são de que, além de retirar os animais das escalas dos frigoríficos, os produtores estão renegociando os preços dos que permanecem escalados para o abate.

Os baixos preços do boi desestimularam os confinamentos, provocando redução da oferta. Agora, quem tem boi gordo está pressionando os preços. Momentaneamente, os frigoríficos diminuíram as compras e, em conseqüência, os abates, mas há contratos de exportação a serem cumpridos. Por isso, as expectativas continuam sendo de alta. Além do mais, os pecuaristas parecem estar acreditando na reversão dos preços, retendo seus animais à espera de melhores cotações. Essa atitude cria o clima necessário para novas altas, especialmente agora, em início de mês, quando circunstancialmente a demanda por carne costuma aumentar.

No RS, o aumento da oferta de animais para abate provenientes das pastagens de inverno implantadas nas lavouras de soja é que está travando a reação dos preços. Com a aproximação da época de plantio da nova safra, essas áreas de pastagens, que neste ano aumentaram muito em razão da frustração da safra da leguminosa, têm de ser desocupadas, gerando esse excesso de oferta. Mas, passado o período de desova desse gado, as cotações do quilo do boi vivo devem reagir, seguindo a tendência do centro do país, que hoje baliza os preços da pecuária de corte no Brasil.

Mas, se por um lado isso é bom para os produtores, por outro, é provável que venha a afetar o bolso dos consumidores, pois as notícias são de que no mercado atacadista do centro do país, os preços também estão reagindo fortemente. A principal variável que pode alterar esse panorama é a taxa de câmbio.

Fonte: Informativo Conjuntural da Emater, adaptado por Equipe BeefPoint

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