Mercados Futuros – 21/02/08
21 de fevereiro de 2008
Programas de melhoramento aguardam etapas
25 de fevereiro de 2008

Embargo: senadores querem ação junto à OMC

Frente à decisão do governo brasileiro de aceitar a exigência européia e apresentar uma lista com apenas 300 propriedades aptas a exportar ao bloco, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) leu ontem, no Senado, um manifesto assinado por 76 dos 81 senadores, pedindo que sejam tomadas medidas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). "Essa lista é uma afronta à pecuária brasileira. São 24,5 mil propriedades e você tem de escolher 300 fazendas. Isso é um absurdo", criticou a senadora.

Frente à decisão do governo brasileiro de aceitar a exigência européia e apresentar uma lista com apenas 300 propriedades aptas a exportar ao bloco, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) leu ontem, no Senado, um manifesto assinado por 76 dos 81 senadores, pedindo que sejam tomadas medidas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). “Essa lista é uma afronta à pecuária brasileira. São 24,5 mil propriedades e você tem de escolher 300 fazendas. Isso é um absurdo”, criticou a senadora.

O manifesto será encaminhado pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), para a presidência da República e para os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) Caiado disse que o caminho para o pecuarista que não for selecionado é a Justiça. “Se as fazendas estão credenciadas a exportar, não pode haver lista”, argumentou.

Apesar de admitir as falhas do sistema de rastreabilidade, outros parlamentares saíram em defesa de Stephanes. “Ele pegou o processo já em andamento”, minimizou o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), segundo reportagem de Fabíola Salvador, do O Estado de S.Paulo.

Comentário BeefPoint: Segundo Carlos Márcio Cozendey, diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, durante reunião da câmara setorial da carne bovina de SP, uma das possibilidades é uma queixa formal do Brasil contra a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC), pois as medidas da UE estariam fora das regras de comércio entre países, sendo caracterizada como uma barreria comercial, uma exigência acima do que a UE faz a outros países, além de se configurar uma cota limitadora de exportações (número restrito de fazendas habilitadas a exportar).

Segundo o diplomata, essa não é uma boa estratégia, pelo menos por enquanto, pois entrar na OMC é caro e tem resultados demorados. Além disso, a UE poderia optar pela estratégia “não reclame agora da situação atual (suspensão), espere o resultado da OMC”, o que seria prejudicial ao Brasil, que deseja retomar as exportações o quanto antes, não em 2 anos ou mais.

0 Comments

  1. Moacir May disse:

    Tenho duas propriedade em fase de rastreamento, só não terminei, pois não estou vendo firmesa no sistema, como o gasto é grande e o retorno esta a “deus dará” sem uma politica firme.

    Será que quem se manifesta agora não são só politiqueiros a procura de votos para a próxima eleição, queremos que não seja.

    Nós aqui ainda temos que nos preocupar com outro problema, que é a Amazônia.

    Todos só falam do desmatamento, a queimada, esqueçem de voltar no ano seguinte para mostrar o quanto estão recolhendo de imposto com carne ou soja
    e matando a fome do “povão” carente desse nosso grande Brasil.

  2. Sebastião Souza Ferreira disse:

    Essa lista das propriedades realmente é mais uma barreira comercial imposta pela União Européia, não podemos mais aceitar este tipo de coisa. Toda cadeia do agronegócio, juntamente com nossos políticos, precisa se unir para combater estes abusos protecionistas do comércio de carnes.

  3. Hallan Tavares dos Santos disse:

    E os europeus se dizem empenhados em uma abertura maior na rodada de DOHA, e que no ano passado o Brasil foi elevado a “parceiro estrategico” da união europeia estatus que não vale de nada. O certo seria defender nossos interesses junto a OMC!!