Com receita de US$ 176,8 milhões em fevereiro, as exportações brasileiras de couros caíram 28% em volume na comparação com o mesmo período de 2007 e 21% no acumulado do bimestre. Os dados foram elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).
Com receita de US$ 176,8 milhões em fevereiro, as exportações brasileiras de couros caíram 28% em volume na comparação com o mesmo período de 2007 e 21% no acumulado do bimestre. Os dados foram elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).
Considerando somente couros bovinos, as exportações aumentaram 2,4% em valor, mas reduziram, drasticamente, 23,4% em volume de peças no acumulado do ano. “Este fato é preocupante porque os embarques de couros, após terem batido o recorde histórico ano passado de US$ 2,2 bilhões, devem registrar retração de 8,41% este ano, em decorrência de vários fatores”, comentou o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.
O primeiro deles é a redução do abate de bovinos, estimado em 5% e 10% em relação a 2007, cuja expectativa da queda de oferta já provoca uma alta das cotações do couro verde. “Além disso, o real apreciado eleva o preço do couro brasileiro nas negociações internacionais, reduzindo a competitividade e o ganho do setor curtidor. A conjugação desses fatores é perversa para a indústria nacional que se encontra comprimida entre o alto custo da matéria prima e a baixa rentabilidade da comercialização do produto”, salientou Bittencourt.
Para contornar o cenário negativo, o CICB está pleiteando ao governo, em caráter emergencial, a imediata extinção das tarifas de importação de couros salgado e wet blue.
Em fevereiro, os principais destinos foram a Itália, com 29,62% de participação e decréscimo de 12%, China (18,98% de participação e redução de 3%), Estados Unidos, (12,22% e expansão de 28%) e Hong Kong, com participação de 8,3% e diminuição de 28% em comparação ao mesmo período de 2007.
O balanço das vendas externas dos estados brasileiros, em fevereiro de 2008 indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 125,6 milhões, participação de 34,86% e aumento de 6%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 90,2 milhões, participação de 25% e crescimento de 8 %), Ceará (US$ 30,55 milhões, 8,48% e elevação de 78%), Mato Grosso do Sul (US$ 25,2 milhões, 7% e decréscimo de 8%). Os demais estados são Paraná, Bahia, Mato Grosso e Goiás.
As informações são do CICB.