Com o objetivo de conhecer de perto as necessidades do mercado para melhor transferir as tecnologias para pecuaristas de corte, Embrapa Pecuária Sudeste visita frigorífico JBS.
A Embrapa Pecuária Sudeste organizou uma visita ao frigorífico JBS, nos dias 12 e 13/dez, como parte das atividades do programa Bifequali de Transferência de Tecnologias, iniciado em outubro deste ano. A visita na planta de Lins (SP) teve o objetivo de conhecer de perto as necessidades do mercado para melhor transferir as tecnologias para pecuaristas de corte.
Os pesquisadores Cintia Righetti Marcondes e Manuel Antônio Chagas Jacinto e os analistas Adilson Malagutti e Thaisy Sluszz visitaram toda a planta do frigorífico: as áreas de abate, desossa, preparação dos cortes, triparia (onde são feitos os subprodutos) e setor de industrializados.
No primeiro dia os representantes da Embrapa também conversaram com o responsável pela compra de animais para abate. Segundo Malagutti, o que o frigorífico mais precisa é de lotes padronizados, ou seja, o maior número de animais possível, com as mesmas características.
Outro ponto discutido nessa visita é que deveria haver maior integração entre o pecuarista e o frigorífico, para que o primeiro saiba exatamente o que deve produzir. “Vários mercados não querem carne com gordura, por exemplo. Mas, se o pecuarista não tem essa relação com o frigorífico, vai investir tudo em animais com cobertura de gordura, e vai deixar de atender a uma demanda de mercado”, explica o analista.
O grupo visitou o cortume e a planta de biodiesel, feito a partir do sebo bovino. A visita terminou na NovaProm, empresa que produz colágeno com a pele dos animais. Esse colágeno é utilizado para dar textura a produtos como hambúrgueres, presunto e embutidos.
Malagutti voltou sua atenção à quantidade de produtos originados dos bovinos e o aproveitamento de toda a carcaça do animal. Para a pesquisadora Cintia, o desenvolvimento de produtos foi o mais interessante, como o biodiesel. Ambos concordam que a visita foi muito útil para conhecer melhor as preferências dos frigoríficos e, assim, transferir tecnologias aos pecuaristas com mais eficácia. “Percebemos que as exigências da indústria são muito básicas, são questões ligadas a manejo alimentar e sanidade. Por isso, o Bifequali TT deve partir de tecnologias simples, que vão melhorar o produto que chega aos frigoríficos. Dessa forma, o pecuarista poderá negociar o preço em melhores condições”, afirma Cintia.
Fonte: Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.