Embrapa propõe novo índice de produtividade rural

O engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Eliseu Alves defendeu nesta terça-feira, 8, durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, a criação de um índice novo em substituição ao índice de produtividade da terra, cuja atualização está sendo discutida pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Ele salientou que, se o índice em vigor hoje for apenas atualizado, é preciso que passe para um patamar "muito inferior" ao que está sendo estudado. "Se não fizermos isso, poderemos estar puxando a agricultura para o buraco", afirmou.

O engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Eliseu Alves defendeu nesta terça-feira, 8, durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, a criação de um índice novo em substituição ao índice de produtividade da terra, cuja atualização está sendo discutida pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Ele salientou que, se o índice em vigor hoje for apenas atualizado, é preciso que passe para um patamar “muito inferior” ao que está sendo estudado. “Se não fizermos isso, poderemos estar puxando a agricultura para o buraco”, afirmou.

Segundo pesquisador da Embrapa, o ideal seria a implantação do Índice de Produtividade Total dos Fatores. Esse indicador seria obtido por meio da divisão da renda bruta da propriedade pelo custo total do produtor, assim, se o índice estiver abaixo de 1, significa que a produção não está indo bem. Se estiver em 1, isso quer dizer que o produtor estaria apenas pagando por seus custos e, se estiver acima de 1, mostraria que a propriedade estaria sendo bem utilizada.

O pesquisador ressaltou que os índices de produtividade da terra possuem limite. “A terra deixou de ser o principal critério para medir a produtividade”, disse. Ele citou como exemplo o custo dos insumos para o produtor. Além disso, Alves comentou que não há correlação entre o índice de produtividade da terra e a sanidade econômica da fazenda. “Ter alta produtividade não significa que está indo bem em termos econômicos e financeiros”, afirmou.

O engenheiro agrônomo encerrou comentando que, se for impossível a adoção de sua proposta, os responsáveis pela atualização do índice da produtividade da terra deverão atentar para o nível de corte do indicador por conta de um possível descasamento entre a relação da produtividade da terra e a relação total dos fatores que compõem a produção. “Se formos modificar os índices de produtividade com raciocínio técnico e econômico, temos que levar em conta o índice de produtividade total de fatores, pois ele leva em consideração todas as forças que estão atuando no mercado, inclusive a ambiental”, disse Eliseu Alves.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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  1. luiz alberto rodrigues guimaraes disse:

    Até que em fim, uma proposta sensata e de alguém de nível técnico . A embrapa e uma empresa muito séria e competente :
    Achei a proposta muito boa, mede a rentabilidade e não a produtividade, porque os custos de produção tem tirado muita gente do seu negocio.
    Parabéns…

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