A indústria de carne bovina não pode ignorar as emoções dos compradores, informou o gerente de uma rede nacional de varejo, Michael Young, durante uma conferência ocorrida no Centro de Informação de Carne Bovina do Canadá.
Para a indústria, um pedaço de carne é visto somente em termos de sua função, segundo Young. Porém, os consumidores observam outros fatores. Eles questionam se uma raça é melhor que a outra, se a carne “natural” é melhor. Eles querem saber se o animal foi bem criado e se ele é proveniente de uma propriedade familiar; querem saber também como ele foi processado.
Desta forma, a indústria e os produtores precisam ver na carne “o que ela oferece tanto funcionalmente como também no lado emocional”, disse Young.
“Nós não podemos desconsiderar isso, porque funciona”, disse ele no Instituto de Agrônomos de Saskatchewan. “As pessoas acreditam e fazem conexões com alguns desses vínculos emocionais”.
De fato, a indústria perde participação no mercado porque ignora os consumidores, disse ele. Além disso, os varejistas que querem obter sucesso precisam prestar atenção nisso. As marcas também podem ter um papel. Cerca de 50% da carne bovina é vendida sob o mesmo tipo de marca e isso pode dar confiança aos consumidores.
Os varejistas já estão respondendo à demanda dos consumidores por escolhas mais saudáveis e por carnes de cozimento rápido. Os consumidores querem porções menores, mas as carcaças estão cada vez maiores. Os varejistas precisam investir em um trabalho caro para converter as carcaças e se adequar às demandas e expectativas dos consumidores.
Young disse que os varejistas estão aprendendo a cortar as carnes de forma diferente. Carnes para se assar rapidamente, cortadas cilindricamente e projetadas para se cozinhar em 45 minutos estão entre os exemplos. Os cortes do tipo medalhão também são populares.
“Este estilo de cortes está chegando ao Canadá. Nós estamos mudando a forma como a carne é cortada, lentamente”.
Fonte: The Western Producer (por Karen Briere), adaptado por Equipe BeefPoint