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Empresas investem em propaganda e lançamentos

Após tempos de pouca aparição na mídia, as empresas alimentícias aproveitam a boa fase da economia do setor e estimuladas pelos lançamentos de novos produtos voltam a investir em publicidade. A indústria de alimentos brasileira teve faturamento de R$ 176 bilhões em 2004 e cerca de 2,5% foram investidos em publicidade.

O setor está se recuperando após uma fase difícil atravessada em 2002/2003 onde os consumidores impulsionados pelo baixo poder de compra migraram para produtos de marcas populares. Este cenário começou a se modificar em 2004 com o aumento do PIB. “Com mais renda e acesso ao crédito para aquisição de bens de consumo, o brasileiro pôde voltar a comprar o produto que ele quer de fato, e não o substituto mais barato” relata José Francisco Eustachio, sócio da agência de publicidade Talent. “Isto animou as empresas a investir em novos produtos e embalagens para provocar o consumidor” argumenta Eustachio.

Estratégias

Alguns fatores podem ter influenciado positivamente o aumento de consumo. A desvalorização do dólar que significaria uma queda nas exportações pode ter contribuído, aumentando o foco das empresas no mercado interno o tornando prioridade de investimentos.

Estratégias de publicidade focadas no ponto-de-venda podem ter sido outro fator. Esta estratégia vem sendo assimilada desde o fim dos anos 80 e aparenta surtir efeito. Tanto as cadeias de varejo quanto as indústrias vêm usando desta estratégia.

O diretor de marketing da J. Macedo, Lupércio Hernandez, avalia as campanhas de marketing da seguinte forma: “O que precisamos é sair do círculo ‘não vende porque não investe, não investe porque não vende'”, declara.

A Bunge, que completa 100 anos no Brasil, se lançou em peso na mídia com a campanha publicitária “Crianças” na televisão e em revistas, além de um caminhão que fará a divulgação institucional da empresa em todo país.

Lançamentos

Com o reaquecimento das vendas as grandes empresas investem em novos produtos e estratégias voltadas a longo prazo para suas marcas.

Na Perdigão o ritmo de lançamentos é alto, 25 a 30 produtos por ano. “Nós sempre olhamos também a longo prazo” relata Cláudio Kliemann Silva, gerente de serviços de marketing. No ano passado a Perdigão registrou um crescimento de 9% em seu segmento, industrializados de carne, “É um ritmo que favorece os lançamentos” diz Cláudio.

O foco da Perdigão, apesar do dólar em baixa, permanece no mercado externo. Uns dos mais recentes lançamentos são os hambúrgueres de frango com cenoura e o hambúrguer de picanha.

A Seara está de volta ao mercado, agora tendo a Cargill como proprietária, que finalizou sua aquisição em abril. Após tempos afastada do mercado de propaganda a Seara volta com força plena ao mercado interno.

A Sadia aposta em opções inovadoras como tortas com massa a base de iogurte e cardápio completo do tipo prato feito para alavancar suas vendas.

A carne bovina para churrasco terá agora a marca da Sadia, com a venda da marca Maturatta para o Friboi. A Sadia promete, em breve, reforçar as ações com essa linha de produtos.


Fonte: Jornal Meio&Mensagem, adaptado por Equipe BeefPoint

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