Templo da Carne promove a primeira edição do Wagyu Fest
8 de janeiro de 2015
JBS registra uma das maiores quedas da bolsa brasileira
8 de janeiro de 2015

Empresas ligadas ao campo têm queda na bolsa, mas frigoríficos são exceção

As ações das empresas do agronegócio não saíram ilesas da forte desvalorização que marcou os preços das commodities agrícolas em 2014. Das13 principais companhias do segmento listadas na BM&FBovespa, apenas quatro – Marfrig, BRF, JBS e São Martinho – viram seus papéis se valorizarem no ano, conforme levantamento do Valor Data.

Entre as empresas do agronegócio, os frigoríficos destoaram e se destacaram positivamente. As ações da Marfrig subiram 52,50% de janeiro a dezembro de 2014. O segundo melhor desempenho veio da BRF, cujos papéis se valorizaram 30,94% no período. Já a JBS viu as ações subirem 29,03%. No setor frigorífico, a Minerva Foods não conseguiu acompanhar seus pares, e os papéis caíram 13,91% em 2014.

Para Luciana Carvalho, analista do Banco do Brasil, o desempenho dos frigoríficos na bolsa foi impulsionado pela queda do Real perante o dólar. A carne também se beneficiou de uma demanda externa mais aquecida.

A queda das cotações dos grãos no mercado internacional jogou a favor das ações das companhias que produzem carne de frango e suína, como JBS, BRF e Marfrig.

Internamente, os frigoríficos também passaram por reestruturações que agradaram aos acionistas. A Marfrig conseguiu gerar fluxo de caixa positivo e alongar o perfil de sua dívida, bem como reduzir despesas na divisão de carne bovina no Brasil. Com isso, reduziu seu prejuízo nos primeiros nove meses do ano.

Na JBS, a reestruturação passou pela Seara Brasil, que hoje faz parte da subsidiária JBS Foods. Nessa reorganização, a empresa conseguiu uma forte elevação de margens da subsidiária, o que beneficiou as ações. Já na BRF, a reestruturação capitaneada pelo empresário Abilio Diniz também se traduziu em resultados melhores, o que se refletiu no valor dos papéis.

Único frigorífico cujas ações tiveram queda no ano passado, a Minerva Foods ainda não colheu todos os efeitos das aquisições feitas em 2014.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.